JP JORNAL O POPULAR – Marília e Região
O Brasil amanheceu sob uma convulsão política. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após indícios de tentativa de fuga e descumprimento de medidas judiciais, segundo documentos oficiais.
O que motivou a prisão
A Polícia Federal comunicou ao STF que a tornozeleira eletrônica do ex-presidente foi violada às 00h08 deste sábado.
Simultaneamente, uma vigília foi convocada por Flávio Bolsonaro em frente ao condomínio do pai em Brasília.
Para Moraes, esses movimentos não foram coincidência:
“A convocação indica possível utilização de apoiadores para atrapalhar a fiscalização e facilitar fuga”, anotou o ministro.
O magistrado voltou a mencionar plano já investigado de Bolsonaro de buscar asilo na embaixada da Argentina, localizada a menos de 15 minutos do condomínio do ex-presidente.
Além disso, Moraes citou que aliados próximos — Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e Alexandre Ramagem — deixaram o país para evitar a Justiça, reforçando o alerta de risco de evasão
Como foi a prisão
A PF chegou às 6h, encontrou Bolsonaro em casa e fez a detenção sem resistência.
O ex-presidente foi levado inicialmente à sede da Polícia Federal, e em seguida transferido para uma Sala de Estado na Superintendência do DF — espaço destinado a autoridades.
Michelle Bolsonaro não estava presente no momento da operação.
Não é sobre a condenação, mas ela pesa
Bolsonaro está condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado — pena ainda sob recursos.
A prisão de hoje não decorre dessa condenação, mas da:
- violação da tornozeleira
- suspeita de fuga
- obstrução de medidas cautelares
E por se tratar de prisão preventiva, não há prazo para o término.
Defesa alega risco de morte
Horas antes da detenção, a defesa de Bolsonaro protocolou pedido requerendo prisão domiciliar humanitária, afirmando que o ex-presidente sofre de múltiplas comorbidades e que uma transferência ao sistema prisional representaria “risco concreto” à vida.
O recurso ainda será analisado.
O clima político se agrava
A prisão reacende tensões entre:
- STF × aliados de Bolsonaro
- instituições democráticas × discursos radicais
- governo federal × oposição bolsonarista
E especialistas alertam: os próximos passos podem redefinir o cenário político e eleitoral do país.
JP JORNAL O POPULAR — Comentário Editorial
A prisão preventiva de um ex-presidente não é um fato comum e jamais deve ser banalizado. O país assiste, mais uma vez, a Justiça e a política se chocando no centro do poder.
Em Brasília, ninguém dorme em paz quando a lei acorda cedo.
Seguiremos vigilantes — cada detalhe importa.
— Redação JP JORNAL O POPULAR
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