“Quem não é visto, não é lembrado”. O ditado popular se encaixa como uma luva no avanço histórico conquistado pela comunidade surda de Marília. A Câmara Municipal aprovou por unanimidade o Projeto de Lei nº 135/2025, de autoria da vereadora Fabiana Camarinha (Podemos), que declara de utilidade pública municipal a Asurm (Associação dos Surdos de Marília).
Inclusão que abre caminhos
Fundada em 25 de março de 2022, no bairro Parque Nova Almeida, a Asurm nasceu pequena, mas já mostra força de gente grande. Mais do que oferecer cursos de Libras, a entidade atua em várias frentes: inclusão social, defesa de direitos, valorização da cultura surda, capacitação profissional, lazer, esporte, saúde e até inserção no mercado de trabalho.
“É um trabalho de cidadania e dignidade. A Asurm tem mostrado que a surdez não limita, e sim abre novos caminhos de convivência, aprendizado e empatia”, destacou Fabiana.
Novo espaço, novas perspectivas
A vereadora também comemorou outra vitória: a conquista de uma nova sede para a associação, localizada no Complexo Cultural de Marília. O espaço será adaptado com acessibilidade — incluindo elevador — em convênio firmado entre município e Estado. “Esse apoio vai potencializar ainda mais as atividades da Asurm, presidida por Johnny Gomes Kucko. Parabenizo toda a diretoria pelos três anos de luta e dedicação”, concluiu Fabiana.
O peso da utilidade pública
O título de utilidade pública não é apenas um carimbo burocrático. Ele abre portas para convênios, parcerias e financiamentos que fortalecem a entidade e ampliam sua rede de atuação. É como diz o ditado: “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” — e a persistência da Asurm já começa a render frutos concretos.
Comentário JP Jornal O Popular:
A aprovação desse projeto é mais do que uma vitória institucional, é um marco de reconhecimento social. Quando o poder público olha para a inclusão, toda a cidade ganha. A Asurm deixa claro que a cidadania não se mede pelo silêncio, mas pela força das vozes que se unem.
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