A máscara da gestão passada caiu de vez. O relatório do SIOPE (Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação) mostrou que em 2024, último ano da administração do ex-prefeito Daniel Alonso, Marília não cumpriu a Constituição: aplicou 23,53% da receita em Educação, quando o mínimo exigido era 25%. Pode parecer uma diferença pequena, mas é justamente esse descuido que agora ameaça cortar o acesso da cidade a recursos federais.
Prejuízo que sobra para a população
Sem a certidão de regularidade do CAUC (Cadastro Único de Convênios), Marília pode ficar impedida de receber repasses voluntários da União. Isso significa menos investimentos, projetos engavetados e a população pagando a conta da irresponsabilidade de um gestor que tratou a Prefeitura como se fosse balcão de negócios da própria empresa.
Vinicius Camarinha expõe herança de caos
O prefeito Vinicius Camarinha foi direto:
“Em janeiro, encontramos a Prefeitura em estado caótico: fornecedores sem receber, limpeza urbana abandonada, dívidas por todos os lados. Agora, para completar, descobrimos que até a Educação foi deixada de lado. A irresponsabilidade da gestão passada pode prejudicar toda a cidade.”
Ele reforçou que sua administração tem buscado recuperar a credibilidade junto a governos estadual e federal. “Marília precisa ser respeitada e cuidada. Estamos reorganizando as contas e garantindo que a Educação volte a ser prioridade, como manda a Constituição. O povo não pode pagar pelo descaso de quem virou as costas para a cidade”, afirmou.
A diferença de postura
Enquanto Alonso “jogava contra”, Camarinha diz estar “resgatando a confiança de Marília”. A atual gestão já recebeu o governador Tarcísio de Freitas, ministros e secretários, além de deputados estaduais e federais. Tudo para mostrar que a cidade voltou ao mapa político. Mas a ferida deixada pelo descaso com a Educação ainda traz risco real de punição.
Quando falta responsabilidade
O episódio mostra o retrato de uma administração que confundiu gestão pública com administração privada. Daniel Alonso pareceu acreditar que Marília era extensão da sua empresa. Só que governar uma cidade exige responsabilidade, transparência e compromisso com a lei — algo que ficou de lado.
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Comentário JP JORNAL O POPULAR:
Marília está pagando a conta da arrogância e da falta de responsabilidade do ex-prefeito Daniel Alonso. Não cumprir o mínimo em Educação não é detalhe técnico: é crime contra o futuro da cidade. Educação não é gasto, é investimento. Ao tratar a Prefeitura como se fosse sua empresa, Alonso deixou marcas que agora pesam nos ombros da população. A lição é dura e clara: quem não cuida do básico, coloca em risco o presente e rouba o amanhã.