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“Quem corre por gosto não cansa”: Moraes reforça vigilância sobre Bolsonaro por risco de fuga
O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, está agora sob monitoramento reforçado, determinado pelo ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira, 26. A medida atende a um alerta da Polícia Federal e a um ofício do deputado Lindbergh Farias, que apontou risco de fuga do ex-presidente rumo à Embaixada dos Estados Unidos, localizada a poucos minutos de sua residência em Brasília.
“Mais vale prevenir do que remediar”, diz o ditado, e foi exatamente essa a linha de raciocínio que levou Moraes a reforçar a fiscalização sobre Bolsonaro, garantindo que a lei seja aplicada sem brechas.
Risco de evasão
De acordo com Lindbergh Farias, documentos e informações públicas indicaram uma possibilidade concreta de fuga, com o ex-presidente tentando buscar asilo político. A Procuradoria-Geral da República também se posicionou, recomendando monitoramento em tempo real, mas sem medidas invasivas, com equipes prontas para agir 24 horas por dia.
O reforço vem em um momento delicado, perto do julgamento da AP 2.668, marcado para o início de setembro. Moraes considerou que, mesmo com as medidas cautelares já em vigor, a situação exigia cautela redobrada.
Decisão detalhada
O ministro determinou que a Polícia Penal do DF faça o monitoramento integral, evitando exposição indevida ou ações que possam ser interpretadas como intrusivas. Também expediu ofício à Secretaria de Segurança Pública do DF para providências adicionais e abriu prazo de cinco dias para manifestação da PGR sobre pontos pendentes.
No mesmo documento, Moraes destacou a atuação de Eduardo Bolsonaro, indiciado por coação no curso do processo, e a participação de aliados como Paulo Figueiredo e Silas Malafaia, que teriam tentado interferir na AP 2.668.
Cautelares atuais
Atualmente, Bolsonaro cumpre:
- Tornozeleira eletrônica;
- Recolhimento noturno e integral nos fins de semana;
- Proibição de contato com embaixadores, autoridades estrangeiras e outros réus;
- Vedação de presença em embaixadas ou consulados;
- Proibição de uso de redes sociais, direta ou indiretamente.
Como diz o velho ditado: “Em casa de ferreiro, o espeto é de ferro, mas na política, quem relaxa perde o passo”. Bolsonaro segue sob vigilância apertada, enquanto o país observa de perto cada movimento até o julgamento.
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