Matéria escrita pelo JP Jornal O Popular
Nesta quinta-feira (26), o Banco Mundial jogou a real e não poupou palavras: se o Brasil quiser colocar as contas em ordem e ainda cuidar do meio ambiente, vai ter que “apertar o cinto” e mexer onde dói. O relatório “Dois por Um: Políticas para Atingir Sustentabilidade Fiscal e Ambiental” é praticamente uma receita de remédio amargo — com corte de gastos, fim de privilégios, mais impostos e uma pitada de consciência ecológica.
A conta não fecha… e nunca fechou
Com um rombo de 0,4% do PIB em 2024 e uma dívida que só cresce, o Banco Mundial aponta que dá, sim, pra reverter o jogo. Mas, como diz o ditado, “pra arrumar a casa, tem que tirar o sofá da sala”. E esse sofá, segundo o relatório, envolve aposentadorias generosas, salários inchados no serviço público e políticas públicas pouco eficientes.
Entre as propostas de impacto, estão:
➡️ Desvincular o crescimento de aposentadorias e benefícios do aumento do salário mínimo;
➡️ Reduzir o salário inicial dos servidores públicos em até 20%;
➡️ Ajustar progressões na carreira e cortar privilégios;
➡️ Reformular o BPC e consolidá-lo com pensões rurais;
➡️ Apertar a fiscalização no Bolsa Família;
➡️ Reformar o seguro-desemprego e o abono salarial.
Chacoalhada nos mais ricos
A elite também entrou na mira. O estudo propõe tributar lucros e dividendos — hoje isentos — e revisar isenções em aposentadorias e deduções em saúde e educação, mirando principalmente os mais abonados. Até uma alíquota de Imposto de Renda superior aos atuais 27,5% está na roda. Como diz o povo: “quem tem mais, paga mais”.
Verde que te quero verde
No quesito ambiental, o Brasil — que ocupa o sétimo lugar no ranking mundial de emissões de gases do efeito estufa — também precisa fazer sua parte. O relatório propõe um Sistema de Comércio de Emissões, mais investimento em energia limpa, transporte de baixo carbono e rigidez contra o desmatamento ilegal.
E pra completar, vem aí mais imposto no combustível:
Gasolina – R$ 2,16/L
Diesel – R$ 4,06/L
Etanol – R$ 1,06/L
Tudo para tentar unir o útil ao sustentável: arrecadar mais e poluir menos.
O recado foi dado
Apesar das boas intenções, muitas dessas propostas são “cascudas” e enfrentam resistência no Congresso e entre a população. Afinal, mexer em benefício social e aumentar imposto em ano eleitoral é pedir pra dançar no fogo. Mas, como diz o ditado, “quem espera que o futuro resolva o presente, vive atrasado duas vezes”.
Comentário do JP Jornal O Popular
A receita do Banco Mundial é dura, mas necessária. É como diz o povo: “quem planta vento, colhe tempestade” — e o Brasil já está enfrentando os primeiros trovões. O caminho sugerido é técnico e direto, mas será que os nossos representantes terão coragem de cortar na própria carne? O tempo dirá. Enquanto isso, seguimos de olho e com a caneta na mão.
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