DISE apreende pela segunda vez garoto de 13 anos traficando drogas na zona sul de Marília
“Quem nasce pra biqueira, se não mudar, acaba no xilindró”
Por JP Jornal O Popular
Mais uma vez, a infância se perdeu nas esquinas do crime. Policiais civis da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE) de Marília apreenderam, pela segunda vez, um adolescente de apenas 13 anos traficando drogas em plena luz do dia, na zona sul da cidade. A ocorrência foi registrada nesta segunda-feira (2), num ponto já conhecido da bandidagem.
Segundo os investigadores, o local onde o garoto atuava como "vapor" — gíria usada no tráfico para quem faz a entrega das drogas — havia sido desativado, mas voltou a operar nos últimos dias. Com faro de cão de guarda e olho de lince, os agentes seguiram os passos do menino, que atendia usuários e circulava com uma sacola recheada do que não presta.
Sob o comando do delegado titular Dr. João Carlos Domingues, a equipe montou um cerco. Na tentativa de fuga, o menor tropeçou no próprio destino e acabou abordado. Com ele, estavam R$ 280, um papel com anotações típicas do tráfico, 4 porções de maconha, 25 de cocaína embaladas no estilo “correntinha”, 21 microtubos de crack e outro contendo mais cocaína.
E como diz o velho ditado: “Quem planta vento, colhe tempestade”. O adolescente, que já havia sido internado na Fundação Casa após ser apreendido em outubro do ano passado nos antigos predinhos da CDHU, voltou à ativa poucos meses após ser liberado. A reeducação, ao que tudo indica, ficou só no papel.
A DISE não dá trégua. Atua incansavelmente no combate ao tráfico, com operações quase diárias. Mas o caso escancara uma triste realidade: o sistema de ressocialização falha quando o jovem volta ao mesmo caminho, como se a prisão tivesse sido apenas um intervalo no expediente do crime.
Diante da reincidência e da gravidade do ato infracional, a Polícia Civil representou pela internação provisória do menor por 45 dias, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O garoto foi novamente encaminhado à Fundação Casa, onde ficará à disposição da Justiça.
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JP JORNAL O POPULAR comenta:
“Enquanto houver criança vendendo droga, a sociedade inteira está devendo. Não é só caso de polícia — é de consciência. A DISE faz a parte dela. E nós? Vamos seguir de braços cruzados?”