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Marília – As irmãs Wânia Santos Silveira e Andréa Santos Silveira de Souza vão sentar no banco dos réus para responder pelo assassinato e ocultamento do corpo do aposentado Donizeti Rosa, de 60 anos. A decisão foi tomada pela 3ª Vara Criminal e assinada pelo juiz Fabiano da Silva Moreno, sendo publicada no Diário Oficial da Justiça na última quinta-feira (15). A data do julgamento ainda será definida, mas o que se sabe é que a justiça caminha para dar a resposta que a sociedade espera.
Crime com requintes de crueldade
Em novembro de 2022, Donizeti Rosa foi encontrado morto, seu corpo envolto em sacos e panos, já em avançado estado de decomposição. As câmeras de segurança registraram o momento chocante em que as duas mulheres, que eram cuidadoras do idoso, arrastavam o corpo ensacado do prédio até a rua. A cena escancarou a frieza com que o crime foi cometido.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Donizeti foi amarrado em uma cadeira, privado de alimentação e hidratação, resultando em um sofrimento físico e psicológico desumano. “Uma brutalidade sem precedentes”, descreveu o MP.
Motivação macabra e frieza assustadora
Durante as investigações, a polícia descobriu que Donizeti era uma pessoa debilitada, sem condições de se defender. As cuidadoras não apenas o abandonaram à própria sorte, como também continuaram usando seu cartão bancário para sacar dinheiro, acumulando aproximadamente R$ 25 mil em transações suspeitas.
O golpe final veio com a tentativa de despistar a polícia. As irmãs acionaram a PM alegando terem sido vítimas de um roubo. Mas a verdade não demorou a aparecer. A análise das imagens mostrou que, ao tentarem se desfazer do corpo, as suspeitas chamaram um motorista de aplicativo. Ao ser informado que o saco continha material de “macumba”, o condutor desistiu da corrida, deixando-as sem opção. Resultado? O corpo foi abandonado em plena região central da cidade.
Justiça se aproxima
Desde que foram presas, em novembro de 2022, as duas suspeitas tiveram suas prisões mantidas pela Justiça e, agora, enfrentam o Tribunal do Júri. O julgamento promete ser um divisor de águas, reforçando que crimes com tamanha frieza e crueldade não passarão impunes.
JP JORNAL O POPULAR comenta: “Quem planta vento colhe tempestade. O Tribunal do Júri agora tem a chance de garantir que a Justiça seja feita. A sociedade está de olho e espera uma resposta à altura da brutalidade desse crime.”
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