Sexta-feira 13 e a Triscaidecafobia: Por que o número 13 causa tanto medo?
Sexta-feira 13 chegou e passou, mas deixou no ar aquela velha mística que intriga muita gente: o medo do número 13. Para quem pensa que é “história pra boi dormir”, saiba que a ciência até deu nome pra essa fobia – triscaidecafobia. O termo, que mais parece um trava-língua, surgiu em 1910, pelas mãos do psiquiatra Isador Coriat, em seu estudo sobre fenômenos do subconsciente. Segundo ele, trata-se de um “medo anormal ou irracional”, algo que mexe mais com a cabeça das pessoas do que um filme de terror no escuro.
Por que o 13 é tão “azarado”?
Dizem que o número 13 é como o parente que chega sem avisar: bagunça tudo. A explicação pode estar no fato de ele vir logo depois do 12, considerado um número “completo” em várias culturas. Veja só:
- Meses do ano: O calendário tem 12 meses, um ciclo que organiza nossa vida.
- Deuses do Olimpo: Na Grécia antiga, eram 12 os deuses principais, cada um com seu poder. Um 13º? Nem pensar!
- Signos do zodíaco: São 12 os signos que “guiam” nossas personalidades.
- Apóstolos de Jesus: Eram 12 discípulos, nenhum a mais, nenhum a menos.
Com tantas “tradições” segurando o 12 como número perfeito, o 13 acabou virando o “patinho feio” das crenças populares.
A superstição não escolhe lado
O mais curioso é que até quem não acredita em Deus ou “forças maiores” costuma cair no jogo da superstição. Já ouviu aquele ditado “não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem”? Pois bem. Estudos mostram que até ateus assumidos podem agir de forma supersticiosa em situações de incerteza.
O historiador David Kling aponta que isso acontece porque as pessoas, muitas vezes, buscam controle sobre o incontrolável. “É como desejar que um jogador acerte a cesta no basquete ou acreditar que enfiar alfinetes em um boneco de vodu vai prejudicar alguém”, explica. Faz sentido, né? Quem nunca bateu na madeira ou cruzou os dedos?
Superstição ou estratégia?
A professora Catherine Newell, especialista em estudos religiosos, vai além: a superstição é uma forma de lidar com o imprevisível. Segundo ela, a ciência não pode provar se usar uma “meia da sorte” faz diferença no jogo ou se um ritual específico ajuda nos negócios, mas o fato é que muita gente segue essas práticas – e com fé!
Um exemplo clássico? O físico Niels Bohr, ganhador do Nobel, pendurou uma ferradura na porta de casa e, quando questionado sobre isso, respondeu com bom humor: “Disseram que traz sorte, mesmo que eu não acredite”.
O JP Jornal O Popular comenta
Como dizem, “o que não mata, fortalece”. A sexta-feira 13 pode até assustar, mas também nos lembra de como somos criativos em lidar com o desconhecido. Afinal, entre ciência e superstição, o que vale mesmo é o que nos faz seguir em frente com um pouco mais de confiança – ou sorte. 📰
📲 Participe do canal do JP JORNAL O POPULAR Marília e Região no WhatsApp: 014997973003 e fique por dentro de tudo!