A Ucrânia não está para brincadeira e deixou claro que, se o presidente da Rússia, Vladimir Putin, botar os pés no Brasil durante o G20 em novembro, quer vê-lo atrás das grades. O pedido partiu diretamente do procurador-geral ucraniano, Andriy Kostin, que solicitou que as autoridades brasileiras cumpram o mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Putin está na mira da justiça internacional por crimes de guerra cometidos na Ucrânia, e o TPI já emitiu a ordem de prisão em março de 2024.
A grande questão é que, até agora, não há confirmação oficial de que Putin vá participar da reunião do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já afirmou no ano passado que não haveria risco de prisão para Putin, mas depois mudou o tom, lembrando que a decisão cabe à Justiça e não ao governo.
A pressão sobre o Brasil é grande. Como signatário do Estatuto de Roma, que rege o TPI, o país tem a obrigação de cumprir os mandados emitidos pelo tribunal. “Se Putin ousar visitar, espero sinceramente que o Brasil o prenda, reafirmando seu status de democracia e Estado de direito”, disse Kostin.
Se Putin vai ou não aparecer, ninguém sabe ao certo, mas o recado está dado. Como diz o ditado, “quem avisa amigo é”. Agora, é esperar para ver como o Brasil vai se posicionar em um dos eventos mais aguardados do ano.
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