A Polícia Militar Ambiental aplicou uma multa de mais de R$ 12 milhões à concessionária de energia elétrica CPFL, responsabilizando a empresa por incêndios que devastaram mais de 2 mil hectares de áreas rurais e de preservação permanente nos municípios de Álvaro de Carvalho e Garça, no interior de São Paulo. O fogo, que atingiu 31 propriedades, teve origem na rede de distribuição de energia elétrica da CPFL, conforme constatado pela perícia Técnica Científica.
O incidente ocorreu durante as operações “Dia da Árvore” e “SP Sem Fogo”, quando os agentes ambientais perceberam que a falta de manutenção da rede elétrica contribuiu para o início do incêndio. Apesar dos esforços das equipes locais para conter as chamas, o fogo se alastrou rapidamente pelas propriedades atingidas, comprometendo também importantes áreas de preservação permanente.
Ao todo, a Polícia Ambiental registrou 31 ocorrências e emitiu 75 autos de infração ambiental, totalizando a impressionante cifra de R$ 12.099.872,50 em multas. As autoridades destacam que esse valor reflete a extensão dos danos ambientais e a negligência em relação à manutenção da rede de distribuição de energia, fator determinante para o desastre.
Em nota, a CPFL declarou que “lamenta o ocorrido e que não tem responsabilidade pelo incêndio que atingiu propriedades na região de Marília, o que será demonstrado no momento oportuno”.
Como diz o ditado, “onde há fumaça, há fogo”, e neste caso, o descuido foi combustível para o desastre ambiental que gerou prejuízos irreparáveis para o interior paulista. A responsabilidade, agora, será discutida em instâncias superiores, mas as marcas deixadas pelo fogo já estão gravadas na terra e na história das famílias atingidas.
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