A recente tentativa da Prefeitura de Marília de avançar com o processo de concessão do Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem) tem gerado intensas críticas e levantado sérios questionamentos sobre a transparência e responsabilidade da administração municipal.
Após uma manobra para prosseguir com o certame, ignorando uma decisão judicial que ordenava a suspensão do processo, a administração pública foi prontamente repreendida pela Justiça. O juiz responsável pelo caso apontou a atitude como uma “afronta” ao Judiciário e solicitou a intervenção do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), alertando para possíveis consequências criminais caso a suspensão não fosse respeitada.
A duração do contrato previsto no edital da concorrência foi destacada como um fator preocupante, afetando significativamente o futuro de toda uma geração de marilienses. A pressa incomum da administração municipal foi duramente criticada, levantando suspeitas sobre os reais motivos por trás dessa decisão apressada.
A tentativa de “correção” da prefeitura, anunciando a suspensão “sine die” do certame, não convenceu os críticos, que apontam a necessidade de uma análise mais profunda e transparente do processo. A Procuradoria-Geral do Município tentou justificar a medida, alegando não ter descumprido a ordem judicial, mas suas explicações não foram suficientes para dissipar as dúvidas sobre a conduta da administração.
Diante desse cenário, é imperativo que a prefeitura responda de forma clara e objetiva aos questionamentos levantados pela comunidade. Os marilienses merecem transparência e responsabilidade por parte de seus representantes, especialmente quando se trata de questões tão importantes como a gestão dos serviços públicos essenciais, como o abastecimento de água e o saneamento básico.