Polícia de Marília rastreia suspeito de usar inteligência artificial para produzir “nudes” falsos e material pornográfico de mulheres

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A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Marília (SP) anunciou a identificação de um suspeito acusado de utilizar inteligência artificial para criar montagens pornográficas envolvendo quatro mulheres. Posteriormente, as imagens foram compartilhadas nas redes sociais.

As vítimas, ao se depararem com conteúdo de natureza pornográfica contendo seus rostos, procuraram a Polícia Civil, que, por meio da DDM, conduziu a investigação. A técnica utilizada pelo suspeito é conhecida como deepfake, envolvendo a manipulação digital de imagens.

Na terça-feira (14), os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito, um homem de 34 anos, situada na zona sul de Marília. Durante a operação, foi apreendido um celular que teria sido utilizado para realizar as publicações em uma rede social por meio de um perfil falso. O aparelho será submetido a perícia para identificar possíveis outras montagens e vítimas.

O suspeito enfrentará um processo criminal por montagem e compartilhamento de cenas de caráter íntimo, além de falsidade ideológica, devido ao uso de dados falsos na criação do perfil falso nas redes sociais.

A delegada responsável pelo caso, Viviane Yoneda Sponchiado, destaca que, desde 2018, é considerado crime no Brasil realizar montagens em fotografias, vídeos ou outros registros com o intuito de incluir uma pessoa em situações íntimas ou de nudez. Ela ressalta que o compartilhamento desse material sem o consentimento da vítima também configura crime.

Segundo a autoridade policial, as penas acumuladas pelos delitos podem atingir até seis anos de prisão, havendo agravantes que podem aumentar a penalidade.

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