A Empresa Municipal de Mobilidade Urbana de Marília (Emdurb) revelou um balanço alarmante, mostrando que, desde maio deste ano, os radares e lombadas eletrônicas aplicaram 62.259 multas, enchendo os cofres municipais com R$ 11 milhões. Entretanto, apenas 8,6% dos veículos da cidade foram flagrados, e apenas 4,2% efetuaram os pagamentos.
De acordo com a Emdurb, o dinheiro não está fluindo como as multas estão sendo aplicadas, e a previsão é que os recebimentos ocorram somente em 2024, quando o pagamento das autuações for forçado no licenciamento dos veículos. Neste momento, a empresa ainda tem um montante considerável de R$ 10,6 milhões a receber.
O CEO da Talentech Tecnologia Ltda, responsável pelos radares, fez uma afirmação contundente ao afirmar que o repasse mensal à empresa “não está em dia”. O contrato com a Talentech, com validade de cinco anos, custará ao município impressionantes R$ 27,9 milhões. Atualmente, 20 desses dispositivos fiscalizam o trânsito urbano de Marília.
Enquanto a população paga a conta, o prefeito Daniel Alonso parece não enxergar a situação com clareza. Durante uma audiência pública, vários aspectos do contrato foram questionados, mas parece que o prefeito não quer encarar o problema de frente. Para piorar, a falta de transparência na Emdurb está prejudicando a verificação de contratos e valores, e a resposta para essa questão parece estar na escuridão.