Na última terça-feira (10), um vídeo que circulou pelas redes sociais deixou a população de Vera Cruz perplexa. Contrariando as expectativas iniciais, o prefeito Davoli não abandonou a ideia de privatizar o Cemitério Municipal. A decisão teria sido motivada pela ação judicial movida por Carlos Ferreira, um cidadão local, que alegou a ausência de um processo licitatório para tal empreendimento.
Carlos Ferreira denunciou o processo como irregular no Ministério Público. Após a notificação do Promotor de Justiça, o prefeito foi compelido a revogar a privatização. No entanto, o Ministério Público optou por não arquivar o caso, argumentando que o contrato de privatização já havia sido firmado, e a revogação ocorreu após a notificação.
Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, Carlos Ferreira fez questão de enfatizar que o processo está em pleno andamento nos tribunais, indicando que a questão está longe de ser resolvida definitivamente.
A notícia da revogação do ato foi divulgada pelo Sindicato dos Servidores do Município de Vera Cruz, que vinha se opondo vigorosamente à privatização, alegando que esta prejudicaria os servidores efetivos lotados no cemitério.
Um ponto que não passou despercebido é que a empresa encarregada da privatização foi criada apenas 20 dias antes de ser contratada e nunca havia prestado qualquer serviço anteriormente. O contrato em questão tem um valor considerável, atingindo a cifra de R$500.000,00 por ano. Vale ressaltar que, atualmente, o município gasta aproximadamente R$180.000,00 anualmente para a manutenção do cemitério, incluindo os salários dos três servidores que ali trabalham.
O fato de a empresa ter sido constituída poucos dias antes da contratação, somado ao montante vultoso do contrato, lança luz sobre a necessidade de uma investigação mais aprofundada nesse processo de privatização, levantando questionamentos sobre a transparência e os interesses envolvidos nessa negociação. A população de Vera Cruz segue atenta ao desenrolar desse cenário, aguardando com expectativa o desfecho dessa controversa questão.
