Guilherme, de 19 anos, irmão do menino Caio França de Âlcantara, de 7 anos, que foi encontrado morto debaixo da cama do irmão, confessou que matou a criança, esquartejou seu corpo e escondeu os pedaços.
Caio estava desaparecido desde a manhã de terça-feira (26) e foi encontrado morto debaixo da cama de Guilherme, de 19 anos, dentro da própria casa, no Jardim Ângela, na zona sul de São Paulo.
Guilherme foi preso e, de acordo com informações da polícia, cometeu o crime sozinho se aproveitando de um momento que ficou sozinho com o irmão na casa.
Uma parte do corpo de Caio foi encontrada pela polícia em um saco de lixo embaixo da cama, e outra parte estava em outro saco, no armário.
De acordo com os investigadores, Guilherme não demonstrou remorso em seu depoimento e relatou que fazia um mês que tinha o desejo de matar alguma pessoa.
Esse não foi o primeiro episódio em que o jovem esteve relacionado a violência. Guilherme já havia planejado um ataque a uma escola quatro anos atrás, quando era menor de idade. À época, o ataque acabou frustrado pela polícia.
Ainda mais jovem, aos 12, ele teria ameaçado a mãe com uma faca, quando ela estava grávida de Caio. Apesar desses episódios, Guilherme continuava morando com os familiares normalmente.
Juliana de França, mãe da vítim, conta que costumava sair pela manhã para trabalhar e deixava a criança sob os cuidados do irmão mais velho. Na manhã de terça (26), Caio, que tinha TEA (transtorno do espectro autista), pediu insistentemente a ela que o levasse, o que não ocorreu.
Assim que o marido de Juliana chegou em casa, pouco depois da saída da esposa, ele não encontrou Caio e suspeitou que o filho pudesse ter saído. De acordo com relatos, o irmão mais velho impediu os pais de procurar o menino em seu quarto.
Quando a polícia encontrou o corpo no quarto de Guilherme, a família desabou com a notícia da morte do caçula e também ao descobrir que o assassino era o filho mais velho.