Lula cobra ajuda de países ricos no combate ao desmatamento

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Nesta quarta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que os países mais ricos do mundo precisam ajudar as nações que têm parte da floresta amazônica em seus territórios no combate ao desmatamento.

De acordo com o presidente “a natureza precisa de dinheiro”. Ele esteve reunido desde terça-feira (8) com presidentes de outros sete países amazônicos (Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela).

Ainda de acordo com Lula, pela primeira vez foi possível debater “uma saída conjunta para discutir, seja nos fóruns internacionais, seja na ONU, seja na discussão de elaboração de fundos, para que a gente possa dizer que não é o Brasil que precisa de dinheiro, não é a Colômbia, não é a Venezuela, é a natureza, que o desenvolvimento industrial ao longo de 200 anos poluiu, e que está precisando que eles paguem a sua parte agora para a gente recompor parte daquilo que foi estragado”.

“É a natureza que está precisando de dinheiro, de financiamento. Todo mundo fala da Amazônia, e esse encontro é a Amazônia falando para o mundo, dando resposta ao mundo do que nós precisamos”, afirmou o presidente em declaração à imprensa.

Lula destacou ainda que os países amazônicos não vão mais aceitar a criação de teses que não sejam colocadas em prática. “Nós vamos para a COP 28 [Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas] com o objetivo de dizer ao mundo rico que, se quiserem preservar efetivamente o que existe de floresta, é preciso colocar dinheiro não apenas para cuidar da copa da floresta, mas do povo que mora lá embaixo.”

Na terça, os líderes dos países amazônicos assinaram uma declaração conjunta que consolida uma agenda comum de cooperação internacional em prol da Amazônia. No documento, foi exigido que os países desenvolvidos cumpram os compromissos de fornecer recursos, incluindo a meta de mobilizar US$ 100 bilhões por ano em financiamento climático, estabelecida em 2009 na COP 15, a fim de apoiar as necessidades dos países em desenvolvimento.

Nesta quarta-feira (9) foi divulgado outro comunicado das lideranças sul-americanos, que teve a assinatura de países detentores de floresta tropical, como República do Congo, República Democrática do Congo, Indonésia e São Vicente e Granadinas.

No documento, as nações pedem aos países desenvolvidos, além dos US$ 100 bilhões por ano, que contribuam para a mobilização de outros US$ 200 bilhões anuais até 2030, previstos pelo Marco Global para a Biodiversidade de Kunming-Montreal, para a implementação dos planos de ação e das estratégias nacionais em biodiversidade, por meio da provisão de recursos financeiros novos, adicionais, previsíveis e adequados.

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