Médicos, enfermeiros e técnicos hospitalares estão passando por uma fase de adaptação quanto ao preenchimento dos prontuários médicos nos atendimentos da Santa Casa de Pompeia, que há vários dias vem desenvolvendo protocolos digitais como forma de otimizar o atendimento e os custos operacionais. “Se tudo der certo vamos iniciar oficialmente no dia 01 de setembro”, anunciou entusiasmado o provedor do hospital pompeiano, Alair Mendes Fragoso que vem investindo na eletrônica, operações e sistemas. “Isso será muito importante para o hospital, afinal, é um investimento pequeno para um resultado bem maior”, defendeu o dirigente ao acreditar na otimização de uma série de serviços dentro do hospital local.
Segundo Alair Mendes Fragoso inicialmente foi preciso encontrar um sistema operacional que desenvolvesse o serviço, e na sequência a capacitação do pessoal que passou a ter assinatura digital individualizada. “Os médicos já estão mais avançados, porém, os enfermeiros e técnicos passaram a ter a assinatura digital e estão se adaptando ao uso”, comentou ao explicar que a assinatura digital do profissional é que viabiliza toda a operação em razão de ser aceito como válido e o prontuário médico passa a ter validação. “Vamos eliminar o papel em sua maior quantidade e uso”, acredita o dirigente hospitalar de Pompeia que sempre foi defensor deste tipo de ação. “A digitalização
vai fazer com que as informações circulem mais rápido e mais precisas”, afirmou.
Outro aspecto lembrado pelo provedor da Santa Casa de Pompeia é que a partir do momento que o prontuário passa a ser eletrônico não será mais preciso investir no arquivamento do documento, que ultimamente vem exigindo uma série de cuidados, pois, o prontuário médico dos pacientes precisa ser arquivado durante 20 anos, exigindo local apropriado, equipamentos específicos e espaço reservado. “Com a digitalização tudo será salvo e guardado em arquivos eletrônicos que não exigirão espaço físico, cuidado e atenção”, falou Alair Mendes Fragoso ao lembrar de que o papel não pode sofrer umidade, aquecimento ou até mesmo manuseio inadequado. “É bem complicado guardar esses documentos por tanto tempo”, disse em tom de preocupação, afinal, foi preciso fazer um investimento neste sentido conforme a lei que regulamenta este tipo de questão. “Com o prontuário eletrônico, em breve, isso será uma boa economia”, acredita.
Neste primeiro momento o fato do prontuário na Santa de Casa de Pompeia ser eletrônico, ainda não estará interligado com o Sistema Único de Saúde (Sus) pelo Conect Sus, tão pouco com os Postos de Saúde de Pompeia. “Nesta etapa é algo mais interno, porém, existe esta possibilidade e viabilidade diante do que estamos fazendo”, comentou Alair Mendes Fragoso ao explicar que, havendo a necessidade do prontuário fora do hospital ele pode ser disponibilizado pelo Sistema PDF, e ser encaminhado por qualquer mídia eletrônica, ou em último caso impresso em papel. “O importante agora é que não circulará papel no hospital, sem a necessidade de interpretar a grafia, ou até mesmo espaço para guardar a papelada. “Aos poucos vamos desenvolvendo um sistema interligado com todos em que todos utilizem a digitalização como um padrão”, sonha o dirigente pompeiano ao preparar o hospital local para que esteja adequado para o futuro. “Essa interligação é inevitável. Será uma questão de tempo a padronização digital”, afirma.