Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 15% dos pacientes com Parkinson têm menos de 50 anos, enquanto aproximadamente 2% têm menos de 40.
O Parkinson é uma doença que compromete o sistema nervoso central e é, hoje, o distúrbio neurodegenerativo que mais cresce no mundo.
A projeção é que em 2040, 12 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com a doença. Já no Brasil, hoje, estima-se que 200 mil pessoas sofram com a doença.
Verônica, hoje com 45 anos, recebeu o diagnóstico quando tinha apenas 32 anos, e está entre os brasileiros que desenvolveram o Parkinson precocemente.
“Foi um diagnóstico 10 dias depois que eu dei à luz ao meu filho, e eu reagi de forma desesperada, acabei escondendo o diagnóstico de todos, durante seis anos”, ela lembra.
O tremor nas mãos é o sistema mais associado ao Parkinson, mas não é o principal nos casos precoces. Segundo especialistas, jovens com a doença podem apresentar lentidão nos movimentos, rigidez muscular, alterações no olfato e no funcionamento do intestino, e até distúrbios do sono.
“Já existem trabalhos mostrando que há uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Poluentes, solventes, pesticidas, e a própria poluição do ar tem relação”, alerta a presidente da Associação Brasil Parkinson, Erica Tardelli.
A Verônica descobriu a melhor forma de conviver com o Parkinson: enfrentar o medo e o preconceito. “Antes eu ficava chorando em casa. Aí resolvi mudar o jogo e levar conhecimento para onde eu posso”.