Um dos principais credores das lojas Americanas, o Bradesco, pediu as mensagens dos e-mails de 42 executivos que dirigiram a empresa nos últimos 10 anos. O pedido abrange 10 integrantes e ex-integrantes do conselho fiscal da companhia e mais seis membros e ex-membros do comitê de auditoria.
O pedido foi uma reação à decisão da 2ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que não aceitou um pedido da Justiça de São Paulo para o cumprimento de busca e apreensão em documentos da Americanas, solicitada pelo Bradesco.
O banco pede ainda que as empresas de auditoria, PWC e KPMG, que atestaram a saúde financeira da Americanas, preservem toda a correspondência física e eletrônica relacionadas às auditorias dos últimos 10 anos na varejista.
Os três maiores acionistas da companhia lutam para recuperar a empresa e apresentaram proposta de um empréstimo de R$ 1 bilhão à varejista.
De acordo com os acionistas, o dinheiro seria usado como capital de giro para manter as mais de 1700 lojas, pagar fornecedores, salários e despesas administrativas.
A advogada Liv Machado Fallet diz que a prática é comum em empresas que buscam a recuperação judicial: “sem dúvida essa injeção de capital novo seria muito importante pro desenrolar do processo e pra fazer frente a necessidade de caixa da Americanas, então sem dúvida isso traria bons rumos pro futuro das negociações dentro de um plano judicial, me parece ser um passo bastante importante”.
Os advogados da Americanas também pediram o desbloqueio de R$ 45 milhões de reais em vendas do site, retidos junto a uma empresa que administra pagamentos feitos com cartão de crédito e de débito.