Com advento das novas tecnologias de comunicação, a informação é propagada amplamente, quase na velocidade da luz, em todas as plataformas digitais. E com a rapidez e o excesso de notícias nasce a “Fake News”, a qual impacta na qualidade da comunicação, na apuração da verdade do fato e na vida das pessoas.
Tenho a experiência de três mandatos como Presidente da Câmara, já fui gestor da iniciativa privada, do Esporte e de Futebol. Ou seja, tenho experiência com gestão de crises, de pessoas e de comunicação. Aliás, esta última sempre me encantou, pois apenas com uma comunicação eficaz conseguimos o entendimento de algo. Mas, em relação à comunicação midiática da cidade, confesso que me sinto espantado com a forma, de 2021 até o momento, que tenho sido tratado. Diante disso, achei necessária essa reflexão.
Na última semana, recebi de um grande amigo uma comparação interessante acerca de títulos de matérias que saíram, na mídia local, em relação a mim e a Prefeitura. O comparativo baseava-se em três chamadas publicadas, por um determinado site de (des)informação da cidade, entre os meses de janeiro/fevereiro de 2023.
O primeiro título foi publicado dia 19 de janeiro: “Nascimento deve gastar cerca de R$ 300 mil com TI”. Já o segundo foi publicado no dia seguinte(20/01): “Prefeitura deve investir R$ 4 mi em sistemas de informática”. E o último no dia 01/02: “Nascimento gasta mais de R$ 300 mil com atualização de sistema”.
Segundo o texto que recebi do supracitado amigo, é importante destacar que para o significado de uma palavra há todo campo semântico que a engloba. O texto questionava também a diferença entre gastar e investir, além de elucidar que quem investe, por exemplo, aplica, emprega dinheiro para equipar uma empresa pública ou não. Já quem gasta; esbanja, dissipa, acaba com o dinheiro da empresa pública ou não. Ou seja, por que a Prefeitura investe em TI e Eduardo Nascimento gasta com TI? Qual a diferença? A diferença, ainda de acordo com o texto, é que eu não gastava com sites de notícias, mas a Prefeitura sim (verificar a informação no Portal Transparência do Município). E que nas minhas gestões invisto em pessoas e em uma comunicação transparente. Relembrando que foi em uma das minhas gestões, como presente da Câmara, que implantamos o Diário Oficial Online e o Portal Transparência.
Outro questionamento relevante do texto é o fato de utilizarem, na matéria da Prefeitura, a instituição como investidora, ou seja, ela é o sujeito da ação. Já nas matérias que me citam/citaram, não utilizaram a instituição Câmara como sujeito e sim Eduardo Nascimento. Qual seria o motivo? Ainda conforme o texto, a mídia ou alguém quer manchar minha imagem com a fama de mau gestor, apenas pelo fato de eu ser um bom gestor e um bom político, ou seja, ataques gratuitos, que objetivam a desinformação e desconstrução da minha imagem. Porém, o tiro saiu pela culatra.
Adianto que recebi diversas mensagens de amigos e munícipes sobre o tratamento desigual, com os supracitados títulos, que o veículo de comunicação me proporcionou. E o que me alegra é que as pessoas compreenderam a intenção do site de notícias. Entenderam que para comunicação ser de qualidade, necessita seguir o princípio constitucional da isonomia.
Precisamos refletir sobre atual ambiente digital, principalmente em relação a notícias falsas e sobre a manipulação da informação pelos meios de comunicação. Discutir o princípio da isonomia na comunicação com a profundidade jurídica. Afinal, uma distorção de notícia pode gerar prejuízos irreparáveis para a vida das pessoas. A leitura crítica pode ser um caminho, mas precisamos encontrar outros.
Texto por Eduardo Nascimento – Presidente da Câmara de Marília