No ciclo de quatro anos entre as Copas do Mundo de 2018 e 2022, a Fifa obteve um faturamento de US$ 7,5 bilhões (cerca de R$ 40,5 bilhões), e teve um gasto de US$ 6,5 bilhões no período. O lucro da entidade, portanto, foi de US$ 1 bilhão (R$ 5,4 bilhões).
Este é o melhor resultado da história da Fifa, que sempre organiza suas finanças em ciclos de quatro anos, justamente por causa da Copa do Mundo, responsável pela maior parte do faturamento da entidade.
Os números foram apresentados no domingo (20), horas antes do jogo de abertura da Copa do Mundo, entre Catar e Equador, pelo presidente da entidade, Gianni Infantino, ao Conselho da Fifa, reunidos num hotel de luxo em Doha, no Catar. Também no mesmo domingo, a Fifa anunciou que todos os pacotes de patrocínio para o Mundial de 2022 foram vendidos.
A expectativa da própria Fifa, há um ano e meio, era igualar o número do ciclo anterior, que culminou com a Copa do Mundo da Rússia, de US$ 6,4 bilhões (R$ 34,5 bilhões, no câmbio de novembro de 2022).
Na longa entrevista coletiva que concedeu na véspera da abertura da Copa, Gianni Infantino disse que o Mundial do Catar seria “um sucesso comercial”.
“Arrecadamos mais em patrocínios do que na última Copa, mais em direitos de transmissão e mais em camarotes. Tantas e tantas empresas acreditam nesta Fifa, acreditamos que limpamos a entidade. Então, quem diz que esta Copa será um fracasso, está errado”.
De acordo com comunicado divulgado neste domingo pela entidade, todos os pacotes de patrocínio para esta Copa foram comercializados, envolvendo sete parceiros da FIFA e sete patrocinadores globais da competição e todas as posições de apoiadores regionais para o Mundial 2022, distribuídos pelas cinco regiões da Fifa – Europa, Ásia-Pacífico, Oriente Médio e África do Norte, América do Norte e América do Sul.
As colaborações abrangem múltiplos setores e incluem pacotes de direitos que variam desde uma ampla exposição e associação de marcas até ofertas sob medida projetadas para iniciativas específicas de engajamento de torcedores e clientes.
“É fantástico construir colaborações tão frutíferas com os nossos valiosos parceiros comerciais e patrocinadores para este incrível espetáculo, a primeira Copa do Mundo da história no Oriente Médio” afirmou Infantino.
“O apoio deles não apenas contribui para a realização bem-sucedida deste torneio pioneiro, mas também garante que recursos essenciais sejam canalizados para as nossas 211 federações-membro e vários programas em todo o mundo que contribuem para o desenvolvimento contínuo do futebol em todo o mundo, ajudando a tornar o futebol verdadeiramente global” completou o dirigente.