Garota que estava desaparecida há um ano foi assassinada pelo próprio pai, entenda o caso

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Agata Gonzaga Peixoto, de 17 anos, estava desaparecida desde o ano passado. Policiais encontraram uma ossada, que supostamente é da jovem, enterrada no quintal de uma casa em Ilha Comprida, litoral de São Paulo.

Após investigação, a polícia encontrou os restos mortais da adolescente na casa onde ela vivia com o pai na cidade. Uma análise genética deve confirmar se o corpo realmente é dela.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Carlos Eiras, o pai de Agata, Gutenberg Peixoto Alves de Souza está desaparecido e é considerado foragido.

O delegado explicou que o pai, sendo achado ou não, será indiciado por esse homicídio e pela ocultação de cadáver. A Justiça também já decretou a prisão temporária do suspeito.

Testemunhas contaram aos investigadores que Agata desapareceu após três meses vivendo com Gutenberg em Ilha Comprida.

Antes disso, ela havia sido criada pelos avós, após ser abandonada pelos pais.

O desaparecimento da jovem foi reportado à polícia por um tio no último dia 26 de outubro. Segundo o parente, a vítima não era vista há mais de um ano.

Questionado pelos familiares, Gutenberg dizia que Agata havia deixado sua casa para ir morar com a mãe em Itanhaém, também no litoral paulista.

Após o início da investigação, a mãe da jovem desmentiu a informação e disse que não havia sido procurada pela filha. O pai, então, mudou a versão e garantiu que Agata havia fugido para Sorocaba, no interior do estado, com um rapaz.

Os policiais responsáveis pelo caso encontraram os restos mortais de uma pessoa enterrados no quintal em que Agata vivia com Gutenberg, enrolados em uma rede e um lençol.

O Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto Médico Legal (IML) foram chamados e deram início à análise de perícia. A expectativa é de que o laudo confirme que os ossos eram da jovem.

Ex-companheira de Gutenberg e ex-madrasta de Agata, uma mulher relatou à polícia que havia presenciado abusos sexuais cometidos pelo pai contra a filha.

Outras testemunhas, em depoimento, disseram que estranhavam o quão protetor o homem era com a adolescente. “Esse comportamento de ficar protegendo até demais é típico de quem está molestando”, apontou o delegado Eiras.

“Todavia, não conseguimos achar ninguém a quem ela teria relatado isso, além da ex-madrasta que relatou esses eventuais abusos. Até as amigas íntimas dela falaram que ela nunca falou nada sobre essa questão de abuso.”

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