Thiago Brennand, empresário que agrediu mulher em academia, ameaça promotora por e-mail

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A juíza da 6ª Vara Criminal de São Paulo, Erika Soares de Azevedo Mascarenhas, disse que o empresário Thiago Brennand, foragido da Justiça, mandou um e-mail “ameaçador” ao Ministério Público de São Paulo (MPSP), após, segundo ele, uma promotora errar seu nome.

O empresário que responde pelos crimes de lesão corporal, corrupção de menores e é acusado por pelo menos 15 outras mulheres de estupro, reportou na mensagem enviada a insatisfação com o ‘erro’.

“V.Exa. Escreveu meu nome de maneira triplamente errada, tão errada que aparenta ter sido propositadamente errada. Não posso me furtar de registrar que a impressão que o referido erro deixou, pela sua forma, é que teve a função de paliar um embuste”, diz Thiago no e-mail.

A mensagem é referente a um processo movido pelo empresário contra um homem e uma mulher por calúnia e difamação.

Thiago também demonstrou sua insatisfação com a decisão, quando a promotora decidiu pelo arquivamento do inquérito.

“Foi o maior absurdo jurídico que já presenciei. E esta opinião se estende por todos os meus amigos e advogados”, escreve Brennand.

O empresário enviou um segundo e-mail onde afronta a promotoria.

“A meu ver, vossa excelência apenas reiterou o caráter pessoal que era ostensivo em vossas manifestações. A força do Direito deve sempre superar o direito da força. Contudo, diante de vossa excelência, me parece que não há solução. Será que todos os amigos que consultei, e que militam na seara do direito penal, estão errados? Advogados, policiais, magistrados, membros de ministérios públicos, etc.? Só vossa excelência tem razão? Me parece que o clima já defenestrou as fronteiras do profissional, sendo razoável que outro promotor possa avaliar o caso”.

A Justiça de São Paulo, no dia 27 de setembro, decretou a prisão preventiva no caso em que ele é acusado de agredir a empresária e modelo Helena Gomes em uma academia de luxo na capital paulista.

No entanto, antes de ser denunciado pelo Ministério Público, ele deixou o Brasil e foi para Dubai. Por esse motivo, a Justiça também pediu a inclusão do nome dele na difusão vermelha da Interpol, ou seja, a lista de procurados da polícia internacional.

Três das mulheres que afirmam ter sido vítimas do empresário foram ouvidas pelo Ministério Público na semana passada.

Na decisão em que decretou a prisão preventiva pela agressão, divulgada pela TV Globo, a juíza Érika Soares de Azevedo Mascarenhas classifica o conteúdo dos e-mails como “substancialmente ameaçador” e diz que a “ousada postura adotada pelo réu evidencia sua predisposição a coagir terceiros”.

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