O Brasil encerrou o mês de agosto com recorde no número de trabalhadores sem carteira assinada. São 13,2 milhões de pessoas em trabalhos informais, o maior número da série histórica, iniciada em 2012, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (30), no trimestre móvel, mais 355 mil pessoas passaram a trabalhar nestas condições e mais 1,8 milhão de pessoas em um ano, sem direitos trabalhistas, em empregos temporários, se integrando ao contingente de 39,3 milhões de brasileiros que estão na informalidade, no trabalho precário, vivendo de bico, com uma renda miserável. São 25,9 milhões de pessoas trabalhando por conta própria.
A taxa de informalidade foi de 39,7% da população ocupada de um total de 99 milhões de trabalhadores no trimestre encerrado em agosto de 2022. De acordo com o IBGE, a taxa de desocupação é de 9,1%, com 9,7 milhões de pessoas desempregadas.
No primeiro ano do governo Bolsonaro, com a economia estagnada, a taxa de informalidade no mesmo trimestre de 2019 atingiu o recorde histórico de 41%, superior aos 40% do governo Temer quando foi aprovada a Reforma Trabalhista com a promessa de geração de milhões de empregos.
O que gerou foi um contingente de milhões de brasileiros no trabalho precário, no trabalho escravo, e veio se mantendo nesse patamar elevado durante todo o governo de Jair Bolsonaro, com cerca de 40 milhões de brasileiros sem carteira de trabalho e sem direitos trabalhistas, em meio à carestia e com a renda achatada.
Os preços dos alimentos dispararam, o endividamento e a inadimplência vêm batendo recordes e a fome explodiu no país, com 33 milhões de brasileiros em comida. Assim como dispararam os preços da conta de luz, dos medicamentos, do gás de cozinha, com aval do Palácio do Planalto, corroendo a renda das famílias, em especial as mais carentes.