Eleitor deve entregar o celular antes de entrar na cabine de votação, diz TSE.

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Nesta quinta-feira (25), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por unanimidade, que o eleitor deve entregar o celular ou qualquer outro aparelho eletrônico antes de entrar na cabine de votação no dia da eleição. O objetivo da medida é garantir o sigilo do voto.

Detectores de metais poderão ser utilizados em situações excepcionais, avaliadas caso a caso pelo juiz eleitoral.

A decisão foi em resposta a uma consulta do partido União Brasil, que questionou ao tribunal se a proibição de celulares na cabine de votação ainda está em vigor.

O partido alegou que uma resolução da Corte deste ano passou a prever que: “para que a eleitora ou o eleitor possa se dirigir à cabina de votação, os aparelhos mencionados no caput deste artigo deverão ser desligados ou guardados, sem manuseio na cabine de votação”.

Os ministros, então, responderam que o celular não poderá ser guardado no bolso ou desligado e deverá ser entregue pelo eleitor antes de acessar à cabine de votação. Depois do voto, o equipamento é devolvido.

Na próxima semana, uma nova resolução deve ser aprovada para deixar clara a proibição. De acordo com o TSE, uma mesa receptora será responsável pela retenção dos aparelhos.

Se o eleitor se recusar a entregar o aparelho, estará cometendo um crime eleitoral. O juiz eleitoral será avisado e deverá chamar a Polícia Militar.

O ministro Alexandre de Moraes, destacou em seu voto, que essa foi uma das questões discutidas em reunião com o comando das polícias militares dos estados nesta quarta (24).

https://6e67c5221ba2440dae8ad384bbaa32c4.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html “Temos uma grande preocupação com a utilização ilícita dos celulares no dia de votação, porque o sigilo do voto fica comprometido”, afirmou.

Moraes reforçou que “é ilegal a entrada, o ingresso com telefones celulares na cabine de votação”. “É crime eleitoral.”

O presidente do TSE ainda destacou hipóteses em que o celular pode ser usado ilegalmente no dia da eleição. Ele citou relatos de que milícias, em eleições passadas, exigiram vídeos dos eleitores para comprovarem em quem votaram. Mencionou também o oferecimento de vantagem em troca do voto e até tentativa de fazer vídeos mostrando falsos problemas nas urnas.

O ministro afirmou que, dependendo do caso, poderá haver detector de metais nas seções, em especial para coibir a presença de armas.

“Entendo que nós não devemos vedar de forma absoluta a possibilidade de utilização de detector de metais. Em algumas localidades há o pedido para ter, em virtude de armas. De forma excepcional, deve ser consultado o juiz eleitoral”, afirmou Moraes.

O ministro Ricardo Lewandowski afirmou que, quem não quiser deixar o celular com o mesário, “já saberá de antemão que deverá deixar o celular em casa ou com algum parente”.

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