Saiba tudo sobre a nova infecção que preocupa a OMS, a varíola dos macacos 

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Em maio foram registrados os primeiros casos na Europa, e logo Estados Unidos, Argentina e Brasil também registraram casos. O primeiro caso confirmado no Brasil, porém, aconteceu em 8 de junho em São Paulo.  

No final de junho a OMS tratou a doença como um surto global, e hoje no Brasil já são mais de mil casos da doença.  

De acordo com nota do Ministério da Saúde os sintomas se dividem em três quadros. 

  • Suspeitos 
  • Prováveis 
  • Confirmados 

Sendo considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença. 

Casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas. Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período e/ou ter resultado positivo para um teste sorológico de orthopoxvirus na ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida ao vírus. 

Casos confirmados ocorrem quando há confirmação laboratorial para o vírus da varíola dos macacos por meio do exame PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) em tempo real e/ou sequenciamento. 

A partir do início dos sintomas, a doença pode ser dividida em duas fases: 

Fase de invasão 

Dura até 5 dias. Neste momento, o paciente pode apresentar: 

  • febre 
  • dor de cabeça forte 
  • inchaço nos linfonodos (conhecido popularmente como “íngua”) 
  • dor nas costas; dores musculares 

Fase das feridas na pele 

A segunda etapa é marcada por feridas na pele. Geralmente, essas marcas surgem depois de 1 a 3 dias do início da febre. As feridas costumam aparecer no rosto, mãos, pés, mucosa da boca, genitálias e olhos. 

Já existem vacinas contra a varíola dos macacos. As primeiras doses devem chegar ao Brasil em setembro. Cerca de 20 mil doses desembarcarão no país em setembro; e 30 mil, em outubro. 

Em um primeiro momento, apenas os profissionais de saúde que manipulam as amostras recolhidas de pacientes e pessoas que tiveram contato direto com doentes serão vacinados. 

A varíola dos macacos não tem cura, o que existe são tratamentos que aliviam os sintomas da doença, sem a possibilidade de matar o vírus e impedir, por exemplo, o surgimento das feridas na pele que são características dessa doença. 

Ela é transmitida a partir do contato com lesões de pele, secreções respiratórias e objetos usados por pessoas infectadas. Também é possível que o vírus seja passado de mãe para filho durante a gestação, através da placenta. Animais infectados, como macacos, ratos e esquilos, também podem transmitir o vírus. 

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