Lula promete acabar com a fome, segundo ele culpa de Bolsonaro 

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“Agora, nós não vamos apenas acabar com a fome, mas garantir emprego e educação de qualidade para o povo”, acrescentou o ex-presidente 

Nesta terça-feira (12), em ato político no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, Lula culpou Bolsonaro pela volta da fome, e prometeu acabar com ela. A “nossa arma é a sede que temos em melhorar a vida do povo brasileiro”, discursou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

A militância recepcionou o candidato da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), com apoio do PSB, PSol, Solidariedade e Rede, com entusiasmos e disposição de ir às ruas fazer campanha e derrotar o candidato Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição. 

“Nossa ‘arma’ está na ânsia que temos para acabar com a fome do povo brasileiro”, disse Lula. No Brasil atual, sob Bolsonaro, há nova emergência nacional: em 2022, 33,1 milhões de pessoas estão passando fome; mais da metade da população brasileira (58,7%) está em insegurança alimentar em algum nível; e de 10 famílias, apenas 4 possuem acesso total à alimentação. 

O termo insegurança alimentar quer dizer que a pessoa come algo num dia e não sabe se vai comer no dia seguinte. 

“Agora, nós não vamos apenas acabar com a fome, mas garantir emprego e educação de qualidade para o povo”, acrescentou o ex-presidente. “Nós acabamos com a fome, que eles trouxeram de volta; agora vamos acabar com a fome de novo”, criticou e esperançou Lula. 

“Bolsonaro não confia no voto do povo”, criticou o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice-presidente na chapa de Lula. A crítica do ex-governador fez relação com a desconfiança do presidente da República no sistema eleitoral e, em particular, nas urnas eletrônicas. 

“Ao invés de fome, desemprego, desalento, [vamos votar em] Lula [presidente]”, convocou Alckmin, o imenso público que compareceu ao ato político, que também apresentou a chapa da Federação em Brasília. 

“Esse não é o País do ódio e da violência. Nós fazemos a política da paz”, discursou o candidato ao GDF (Governo do Distrito Federal), deputado Distrital Leandro Grass (PV). 

Grass lembrou que a capital do Brasil, Brasília, já foi a “capital das oportunidades”, no governo do ex-presidente Lula. “Vamos unir todas as nossas forças. É tudo ou nada. Não há alternativa”, contra a tirania e o fascismo representado por Bolsonaro, expressou Grass.   

Antes de Lula e Alckmin falarem, foi apresentada à população a chapa da Federação Brasil da Esperança, no Distrito Federal, composto pelo candidato ao GDF, o deputado distrital Leandro Grass (PV), e a vice Olgamir Amância (PCdoB), e a candidata ao Senado, professora Rosilene Corrêa (PT), que é dirigente do Sinpro-DF (Sindicato dos Professores do Distrito Federal). 

Lula também se encontrou com empresários antes do ato. Reunidos na CNC (Confederação Nacional do Comércio), Lula disse que, caso seja eleito, tratará o setor “com carinho” e defendeu que, para melhorar a economia, é necessário que o País “volte à normalidade”. 

Ele ainda afirmou que a retomada de diálogo com os empresários foi articulada pelo pré-candidato a vice, Geraldo Alckmin. 

“Eu devo essa vinda aqui ao Alckmin. Eu ainda não fui fazer debate nem com empresário, nem com ninguém porque ainda não sou candidato a presidente oficialmente, só posso fazer o debate quando for candidato”, disse. 

A campanha do ex-presidente prestou homenagem a Marcelo Arruda, assassinado em Foz do Iguaçu, pelo partidário de Bolsonaro, Jorge José Guaranho. Lula e a campanha firmaram posição de seguir saindo às ruas. 

Lula criticou Bolsonaro e o estímulo dele à violência política, com apologia à ditadura, tortura, armas, ataques violentos às instituições, como STF e TSE, e apelos golpistas. 

“É uma pessoa com comportamento desumano, do mal, que não pensa o bem sobre ninguém a não ser sobre si próprio, não tem compaixão pelas pessoas que estão dormindo na rua, que estão nas filas dos açougues pegando osso para comer, pelos milhões de desempregados”, disse Lula. 

“A sociedade brasileira começa a perceber o que está em jogo. Vi, na rede social, que o presidente está preocupado, estava tentando entrar em contato com a família da pessoa que morreu. Se o Bolsonaro quiser visitar as pessoas pelos quais ele é responsável pela morte, ele vai ter que ter muita viagem, porque não chorou uma lágrima pelas 700 e poucas mil vítimas do covid”, criticou. 

“Estão tentando fazer das campanhas eleitorais uma guerra. Estão tentando colocar medo na sociedade brasileira. Estão querendo dizer que tem uma polarização criminosa — e é interessante porque o PT polariza nas eleições para presidente desde 1994 e não tem sinal de violência”, acrescentou o ex-presidente da República. 

“Eu não quero ninguém brigando, ninguém aceitando provocação. É isso que nós temos que fazer nesses três meses. Nesses três meses, nós vamos ter que multiplicar na rua, mas temos que dar uma lição do moral. Nossa arma é o amor que temos em nós. Se alguém provocar vocês, mande morder o próprio rabo”, exortou Lula. 

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