De acordo com o delegado responsável pelo caso Éder Mattter, a menina de 10 anos entregou um bilhete para o monitor de transporte escolar pedindo ajuda. No papel estava escrito “Me ajuda, estou sofrendo abuso sexual”. O suspeito seria o padrasto da menina, de 55 anos. O caso aconteceu em Chapecó, Santa Catarina.
O padrasto da menina está preso preventivamente desde quinta-feira (12) e nega a acusação.
Ainda de acordo com o delegado, o ajudante do motorista entregou o bilhete na instituição de ensino onde a menina estuda. A escola, então, chamou o Conselho Tutelar.
A mãe e a vítima foram ouvidas pela polícia na terça (10). A mãe, que é diarista, afirmou que não sabia dos abusos.
“Eles aconteciam há cerca de 5 meses, sendo que o último foi na semana passada. A mãe trabalhava como diarista uma ou duas vezes por semana e eram nesses períodos, segundo a vítima, quando ocorriam os abusos”, falou o delegado. Os laudos confirmaram os abusos.
A menina ainda continua morando com a mãe, que tem um filho menor de idade com o suspeito. A previsão da polícia é que a investigação seja concluída até a próxima semana.
“Muitas vezes, as pessoas não têm como ir até uma delegacia, tem vergonha ou principalmente um trauma. Às vezes a própria família não acredita e a lição que fica é essa: denunciar, para que o Conselho Tutelar, a polícia tome as providências necessárias”, afirmou Matte.