Está na pauta da sessão ordinária da Câmara Municipal de Marília desta segunda-feira (13), o projeto de lei 96/2021 de autoria do vereador Danilo da saúde PSB que estabelece na rede pública de saúde, diretrizes para o tratamento e acompanhamento psicológico e psiquiátrico as vítimas do COVID-19. “A pandemia elevou de forma significativa o número de pessoas com sintomas de transtorno de estresse pós-traumático, depressão, ansiedade, pânico e a tendências suicidas, em decorrência do isolamento, adoecimento, mortes e crise financeira causada pela pandemia. É necessário que a rede pública de saúde e as escolas do município estejam organizadas e preparadas para acolher e oferecer esse cuidado aos pacientes, alunos, familiares e servidores, disponibilizando atendimento psicológico e/ou psiquiátrico quando houver a necessidade,” informou o vereador Danilo da Saúde, autor do projeto.
Segundo informações de estudo publicado na revista Lancet Psychiatry que contou com a participação de 230 mil pacientes, um em cada três sobreviventes da covid-19 foi diagnosticado com algum distúrbio cerebral ou psiquiátrico em até seis meses após a internação pela doença. “Neste sentido, a proposta do projeto visa promover uma ação voltada aos cuidados da saúde mental e emocional das pessoas infectadas pela Covid-19 e também os membros de suas famílias, de forma a minimizar o impacto psicológico causado pela doença, reduzindo os casos graves e prevenindo o suicidio “, disse o vereador Danilo.
O projeto de lei proposto pelo vereador Danilo da Saúde estabelece critérios e diretrizes em saúde mental, e determina que o Poder Público garanta o acesso a assistência em saúde mental, com atendimento multiprofissional, discrição no tratamento, monitoramento dos casos graves, realização de ciclos de palestras e campanhas que sensibilizem e promovam qualidade de vida. “Estamos vivendo um tempo absolutamente novo para toda a sociedade, onde os reflexos da pandemia do Covid-19 e suas consequências econômicas e sociais, nos remete a diversos sentimentos e transtornos semelhantes às situações de catástrofes, guerras, sequestros, onde a pessoas ficam revivendo o sofrimento, mesmo após o trauma. Tudo isso impactando em um cenário já com altos índices de adoecimento mental e de suicídios,” concluiu o vereador Danilo da Saúde.
