Em Marília, gestantes com diagnóstico de trombofilia estão reclamando da falta de medicamentos considerados essenciais no tratamento da doença, que pode provocar abortos.
O medicamento é a Enoxoparina, um anticoagulante injetável, um medicamente do alto custo ofertado pelo governo.
De acordo com uma gestante, ela só descobriu que o medicamento estava em falta na cidade quando conseguiu o direito de receber o medicamente de graça, mas não conseguiu retirá-lo. Ela teria ido à Farmácia de Dispensação de Medicamentos Excepcionais de Marília e recebeu a informação que, por ser um medicamento utilizado no tratamento da Covid-19, ele estaria em falta.
Ela ainda relata que toda semana liga para verificar se o medicamento chegou, mas é informada que não há previsão. Para adquirir a droga em farmácias ela já teria gastado R$7 mil.
A falta da medicação aumenta os riscos de intercorrências, como formação de trombos, que são coágulos, que podem levar a casos de trombose de membros inferiores, embolia pulmonar, abortos e partos prematuros.
A Secretaria do Estado da Saúde informou que a Enoxoparina tem sido enviada de forma irregular pelo Ministério da Saúde e que, das 475 mil doses já solicitadas, nenhuma foi entregue.
O Ministério da Saúde por sua vez, informou que faz a distribuição da Enoxoparina de acordo com a demanda informada pelos estados.