“Dinheiro fácil é igual milho bom demais: se não desconfiar, o prejuízo vem de caminhão cheio.” A sabedoria popular nunca falha — e foi justamente a ganância que levou quatro pessoas presas em Paraguaçu Paulista nesta terça-feira (7), durante a Operação Agrofraude, uma ação conjunta da Polícia Civil de São Paulo com os estados de Goiás e Mato Grosso.
A investigação revelou um verdadeiro rombo no agronegócio nacional: mais de R$ 120 milhões teriam sido movimentados por um grupo especializado em aplicar golpes na venda de grãos, especialmente milho. O esquema funcionava como um “negócio da China” — pelo menos para os criminosos. Fingindo ser intermediários, eles negociavam com produtores e empresas, fechavam contratos e, na hora do pagamento, sumiam do mapa.
Em Paraguaçu, quatro suspeitos — dois homens (33 e 21 anos) e duas mulheres (55 e 30 anos) — foram presos. Além disso, foram apreendidos celulares, cartões e máquinas de crédito, todos usados para movimentar o dinheiro sujo. Um dos alvos segue foragido. Segundo a polícia, mais de 40 pessoas estão sob investigação em diversos estados.
Os presos foram levados à Delegacia de Paraguaçu Paulista, onde permanecem à disposição da Justiça. As autoridades agora rastreiam o fluxo do dinheiro, que passava por canais digitais e contas fantasmas, numa teia de golpes que enganou dezenas de produtores rurais.
“O golpe é como o vento: quando menos se espera, levanta a poeira. Mas quem trabalha direito, planta honestidade e colhe respeito”, comenta o JP Jornal O Popular, reforçando a importância da vigilância e da informação.
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