MARÍLIA — Quando a água deveria jorrar transparência, o que vem à tona é um turbilhão de problemas. Um relatório bombástico divulgado pela Prefeitura de Marília neste sábado (6) acendeu o alerta vermelho: a RIC Ambiental, empresa responsável pelo sistema de água e esgoto da cidade, estaria envolvida em uma série de irregularidades que deixaram a população com a pulga atrás da orelha.
Falhas, reajustes e documentos negados
A auditoria, que durou mais de cinco meses, revelou um cenário que, para muitos, soa como “água parada dá dengue”: reajustes tarifários sem parecer técnico, contratações suspeitas, estrutura precária e até negativa de acesso a documentos importantes.
Segundo o relatório, a empresa teria dificultado o trabalho da intervenção desde o início, criando barreiras para entrega de extratos e informações essenciais. Além disso, os reajustes de tarifas foram aplicados antes do prazo previsto e sem respaldo técnico, causando revolta entre usuários e conselheiros municipais.
Reclamações que transbordam
Como se não bastasse, o número de queixas disparou. Foram registradas inúmeras reclamações sobre falhas no abastecimento, demora para conserto de vazamentos e atendimento ineficaz — boa parte delas sem qualquer resposta.
Durante o período da intervenção, iniciada em fevereiro, 30 ações judiciais foram abertas contra a empresa. Para completar, o relatório aponta que os investimentos prometidos simplesmente não saíram do papel.
RIC se defende… mas só depois
Procurada, a RIC Ambiental informou que só vai se manifestar após uma análise detalhada do relatório. Por ora, a empresa reforçou que continua trabalhando para melhorar o sistema de abastecimento de água e esgoto em Marília.
A voz da rua
O clima entre os moradores é de indignação. “Pagamos caro e continuamos sem água? A conta não fecha!”, disse uma moradora da zona norte. Nas redes sociais, o tom é de cobrança: “Queremos serviço de qualidade, não justificativas!”
Comentário do JP Jornal O Popular
Enquanto a água falta em algumas torneiras, transparência também parece escorrer pelo ralo. O JP Jornal O Popular seguirá acompanhando cada passo desse imbróglio e cobrando respostas. Afinal, quem paga a conta merece respeito.
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