Justiça barra pedido da concessionária e mantém tombamento do Aeroclube de Marília
O céu de Marília segue aberto para a história!
O juiz Valmir Idalêncio dos Santos Cruz negou, nesta quinta-feira (28), o pedido da concessionária Rede Voa, responsável pelo Aeroporto de Marília, e manteve de pé o tombamento do Aeroclube de Marília como patrimônio cultural da cidade.
A empresa alegava que a medida travava obras de ampliação no aeroporto, mas o magistrado foi direto: a lei que tombou o Aeroclube foi aprovada de forma legal pela Câmara Municipal e não há irregularidade alguma.
E mais: o juiz ainda lembrou que a Rede Voa, desde que assumiu a concessão em 2022, não cumpriu parte das melhorias prometidas em contrato. Ou seja, antes de reclamar, deveria mostrar serviço.
Entenda a disputa
A queda de braço entre o Aeroclube e a concessionária já vem de longa data. Desde 2024, a briga judicial corre solta. A Rede Voa insiste que o Aeroclube ocupa o espaço sem pagar aluguel. Já os representantes do Aeroclube defendem que a entidade é muito mais do que um inquilino: é memória viva da aviação civil brasileira.
Não é exagero dizer que, quando o assunto é história, o Aeroclube de Marília tem peso de “avião cargueiro”, enquanto os interesses da concessionária soam como “bagagem de mão”.
Patrimônio que fala alto
Fundado décadas atrás, o Aeroclube formou gerações de pilotos e ajudou a escrever capítulos importantes da aviação no Brasil. Tombá-lo não foi apenas uma decisão política, mas também um ato de preservação da identidade cultural de Marília.
Como diz o ditado: “Quem não guarda o passado, não constrói o futuro”.
O que vem pela frente?
Cabe recurso da decisão, mas, por ora, a vitória é do Aeroclube e de todos que enxergam nele um pedaço da história de Marília. A briga ainda pode ganhar novos capítulos, mas uma coisa é certa: a população está de olho e não aceita que a memória da cidade seja tratada como mero detalhe burocrático.
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