A Justiça bateu o martelo em um caso que movimentou a política de Reginópolis (SP). O ex-prefeito Ronaldo da Silva Corrêa (PODEMOS) foi condenado por improbidade administrativa e terá que devolver R$ 17,5 mil aos cofres públicos — valor integral do contrato firmado sem licitação com a empresa Guga Fleury Consultoria, em 2023, para capacitar servidores municipais.
Segundo a decisão, não havia justificativa técnica para dispensar a licitação. Em outras palavras: a contratação direta foi considerada irregular. Além do ressarcimento, o ex-prefeito teve os direitos políticos suspensos por três anos, ficando impedido de disputar eleições ou assumir cargos públicos nesse período.
A empresa contratada também sentiu o peso da sentença: foi multada no mesmo valor do prejuízo e está proibida de firmar novos contratos com o poder público pelos próximos quatro anos.
Defesa e versão do ex-prefeito
Ronaldo garante que agiu dentro da lei. Disse que o objetivo sempre foi qualificar os servidores para melhorar o serviço público e que a denúncia teria partido de pessoas “de dentro” para travar o andamento da gestão. Ele confirmou que vai recorrer da decisão.
Candidatura indeferida e futuro político incerto
O ex-prefeito já enfrenta outro imbróglio: sua candidatura nas eleições de 2024 foi indeferida. Embora tenha sido o mais votado, o caso segue no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Só depois do julgamento será decidido se Reginópolis terá eleição suplementar.
Enquanto isso, o comando da Prefeitura segue com o presidente da Câmara, Jefferson Augusto Rodrigues Buava (PL), no cargo de forma provisória.
Comentário JP JORNAL O POPULAR
Na política, como na vida, quem não presta conta, paga a conta. E, nesse caso, a conta veio com juros e correção. Mais um capítulo para mostrar que gestão pública não é “terra de ninguém” — e que a Justiça, cedo ou tarde, apresenta a fatura.
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