Está marcado para terça-feira, dia 5 de agosto, às 9h30, no Fórum de Marília, o julgamento que promete chamar atenção e levantar debates sobre o tráfico de drogas, a banalização da vida e a crueldade humana. Sentarão no banco dos réus D. I (36), J. S. A (38), J. M. M. (28) e M. H. C. S. (30). Eles são acusados de executar brutalmente Sérgio Fernando de Souza, de 34 anos, no bairro Parque das Primaveras, em setembro de 2022.
Segundo as investigações da Polícia Civil, a ordem para matar Sérgio veio de L. F. V., o temido “Frango”, apontado como chefe do tráfico na área. A motivação? Sérgio teria “causado” no local e, dias antes, apanhado do próprio Frango, que determinou sua morte como uma espécie de recado sangrento aos demais usuários: quem atrapalhar, paga com a vida.
“A morte foi um exemplo cruel, para que outros não seguissem o mesmo caminho”, revelou o delegado Luís Marcelo Perpétuo Sampaio, responsável pelo inquérito.
As testemunhas, com medo, preferiram o anonimato. Mas o silêncio dos moradores não apagou o rastro de violência: Sérgio foi levado a um local afastado, onde fazia uso de drogas com os réus, e ali foi covardemente assassinado com golpes de instrumento contundente. Não teve como se defender.
O grupo foi denunciado por homicídio duplamente qualificado – por motivo torpe e por meio que dificultou a defesa da vítima – além de ocultação de cadáver. Se condenados, os réus podem pegar mais de 30 anos de cadeia em regime fechado.
ENTRELINHAS QUE GRITAM
Por trás do crime, está a lógica fria do tráfico: a vida humana vira moeda de intimidação, e a impunidade alimenta o medo. Neste caso, o que era pra ser “corretivo” virou execução. E quem cala diante disso, pode ser o próximo alvo.
COMENTÁRIO DO JP JORNAL O POPULAR:
“Quem planta ventania, colhe tempestade. A justiça chega, às vezes devagar, mas chega. Agora, o povo quer saber: quem mais estava por trás disso? O julgamento desta terça é só o começo ou o fim da linha?”
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