JP JORNAL O POPULAR
“Quem come com a mão suja, uma hora paga a conta”
Na política, como na vida, tudo que vai, volta. E agora, após anos de idas e vindas na Justiça, a conta chegou — salgada e recheada de zeros. A Promotoria do Patrimônio Público e Social da Capital e a Procuradoria Geral do Município de São Paulo firmaram nesta terça-feira (29) um acordo de não persecução civil (ANPC) com a família do ex-prefeito Paulo Maluf, que resultará na devolução de R$ 210 milhões aos cofres da Prefeitura de São Paulo.
O acordo foi fechado com quatro filhos, uma ex-nora e um ex-genro de Maluf, além de uma empresa offshore no Uruguai e um banco brasileiro envolvido em aquisições de ações da Eucatex, empresa da família. Um verdadeiro balaio de parentes e negócios, todos enredados no mesmo novelo de desvio de verba pública.
As cifras são fruto de investigações que envolvem desvios milionários nas obras do Túnel Ayrton Senna e da Avenida Água Espraiada (hoje batizada como Avenida Jornalista Roberto Marinho), durante a gestão do ex-prefeito, um nome que virou sinônimo de escândalos.
Mas atenção: o acordo não encerra as ações civis contra Maluf, sua esposa e outras empresas, que continuam respondendo por superfaturamento e propina. Segundo o promotor Silvio Marques, o MP já recuperou cerca de R$ 819 milhões em acordos similares — uma montanha de dinheiro público que estava passeando pelo mundo em contas secretas.
A defesa da família preferiu dar um ar de “boa vontade” ao acordo, dizendo que o gesto mostra “postura colaborativa” e “encerramento de controvérsia judicial”. Para o cidadão comum, parece mais um “antes tarde do que nunca”, já que o processo mais antigo, pasmem, começou em 1993.
E não para por aí: Maluf ainda tem 19 imóveis penhorados, incluindo uma mansão de frente para o mar no Guarujá. Em março deste ano, o STF da Suíça determinou a repatriação de R$ 80 milhões das contas do político, sem mais possibilidade de recursos.
No Brasil, Maluf já foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 7 anos e 9 meses de prisão e é alvo de ordens de prisão nos Estados Unidos e condenações na França.
COMENTÁRIO JP JORNAL O POPULAR
Dinheiro público não é herança de político — é suor de trabalhador! Quando a justiça age e faz devolver o que foi desviado, é mais do que punição: é um lembrete de que quem faz errado, uma hora tropeça na própria esperteza. Afinal, “quem planta vento, colhe vendaval!”
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