MAUS-TRATOS EM MARÍLIA: DONO É CONDENADO APÓS ÉGUA MORRER ABANDONADA SEM COMIDA E ÁGUA

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“Quem planta vento, colhe tempestade” — e agora vai ter que pagar a conta
Por: Alan Teixeira – JP Jornal O Popular

Um caso revoltante de maus-tratos contra animal doméstico terminou com condenação na Justiça em Marília. Um homem que abandonou uma égua doente em um terreno no Jardim Fontanelli, zona oeste da cidade, foi condenado a três meses e 15 dias de detenção, substituída pelo pagamento de dois salários mínimos. Além disso, terá que arcar com uma multa de cerca de R$ 1.500, além da autuação administrativa de R$ 6 mil aplicada pela Polícia Ambiental.

O juiz Fabiano da Silva Moreno, da 3ª Vara Criminal, assinou a sentença — mas a decisão ainda cabe recurso.

O caso que comoveu e revoltou

A história começou quando o acusado vendeu a égua a um colega, mas o negócio acabou desfeito. O animal foi devolvido em 10 de agosto de 2024, já em péssimo estado de saúde. Sem condições — ou vontade — de cuidar da égua, o réu a abandonou em um terreno próximo à sua casa, sem água e sem alimento, retornando apenas dois dias depois com um veterinário. Já era tarde.

A Polícia Ambiental foi acionada por denúncia e, ao chegar no local, encontrou a égua caída, debilitada e sofrendo. Uma veterinária da empresa BG Zangrossi atendeu a ocorrência e confirmou os maus-tratos. O laudo apontou “timpanismo” e “mucosa ictérica”, sintomas de sofrimento intenso e prolongado. A única saída foi a eutanásia no local, para pôr fim à agonia do animal.

“A égua era velha”, diz o acusado

O tutor, que à época tinha 13 cabeças de gado e 5 cavalos, disse em depoimento que a égua tinha 14 anos e que acreditava que ela estava apenas com cólicas. Justificou que estava esperando o veterinário de confiança, que estava viajando.

Ele ainda alegou que a morte se deu por “idade avançada” e tentou minimizar a negligência. Mas, na fase judicial, não compareceu a nenhuma audiência e foi julgado à revelia.

O ditado é claro: “Quem não cuida, perde — e paga”

Infelizmente, não é a primeira vez que Marília se depara com casos de maus-tratos a animais. A sociedade cobra justiça — e, nesse caso, a justiça veio com multa, condenação e a reprovação pública. Afinal, bicho não fala, mas sente. E quem tem coração, não abandona.

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