Na manhã do último sábado (28), um episódio triste e revoltante de violência doméstica sacudiu a zona sul de Marília (SP). Um homem de 28 anos foi preso em flagrante depois de jogar álcool sobre sua companheira durante uma discussão acalorada. O caso, que terminou com ferimentos, hospital e polícia, está sendo investigado pela Polícia Civil como tentativa de agressão grave no âmbito familiar.
Segundo o boletim de ocorrência, os policiais militares foram acionados e, ao chegarem ao local, encontraram o homem caído com um ferimento na cabeça. Ele alegou aos policiais que a confusão começou após uma briga, e que teria jogado o líquido inflamável na mulher “em defesa própria”, negando qualquer intenção de incendiá-la. A companheira, em contrapartida, teria reagido jogando uma garrafa de vidro que o atingiu na cabeça.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para socorrer o casal, e ambos foram encaminhados ao Hospital das Clínicas. Após atendimento médico, os dois seguiram para a delegacia.
A mulher relatou que a discussão teve início quando o companheiro chegou em casa apenas na manhã de sábado, após passar a noite fora. O desentendimento esquentou e, segundo ela, ele a atacou com uma faca, ferindo sua mão, além de jogar álcool em seu corpo.
A vítima solicitou uma medida protetiva de urgência, que foi concedida ainda no plantão policial. O homem segue preso à disposição da Justiça. O caso agora está nas mãos da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que vai aprofundar as investigações.
Como já diz o ditado, “em briga de marido e mulher, com álcool e faca, o Estado mete a colher e o camburão também”. Violência não é prova de amor, é crime — e merece resposta firme da lei.
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Comentário do JP Jornal O Popular: Não há desculpa, nem versão que justifique transformar o lar em campo de batalha. Toda forma de violência deve ser denunciada — e a coragem da vítima é o primeiro passo para quebrar esse ciclo cruel.