Por JP Jornal O Popular
Depois da tempestade, vem a bonança — e o frango volta a voar alto no mercado internacional. O Brasil, maior exportador de carne de frango do planeta, respira mais aliviado após a confirmação de que está livre da gripe aviária em granjas comerciais. Foram 28 dias sem nenhum novo caso da doença, o que já fez 17 países voltarem a comprar a proteína verde-amarela sem restrições.
O surto da gripe aviária, que começou em maio em Montenegro, no Rio Grande do Sul, colocou o país em alerta máximo. O governo correu contra o tempo, adotou medidas sanitárias rígidas, isolou a área e ficou de olho em qualquer sinal da doença. O esforço deu resultado — e o frango brasileiro voltou a cacarejar com força no exterior.
Quem voltou ao jogo
Na lista dos que já retomaram a importação da carne brasileira estão nomes como Japão, Egito, Paraguai e Vietnã. Países de diferentes continentes abriram novamente suas portas, reconhecendo o controle sanitário eficiente feito no Brasil.
Mas como diz o ditado, “nem tudo que reluz é ouro”. Parceiros de peso como China e Argentina ainda estão com um pé atrás — e mantêm bloqueios totais ou parciais às nossas exportações. E a coisa não para por aí: Canadá, União Europeia, Índia e outros grandes mercados também seguem com restrições.
Freios e contrapesos
Alguns países decidiram pisar no freio só em parte: restringem compras apenas do estado do Rio Grande do Sul ou até só do município de Montenegro. Outros, como Emirados Árabes e Jordânia, adotaram medidas bem localizadas. Já uma parcela mantém o bloqueio total, jogando água no chope da retomada.
Econômico e estratégico
Em 2024, o Brasil faturou US$ 10 bilhões com a exportação de frango — ou seja, um terço do comércio mundial dessa proteína tem dedo brasileiro. Por isso, qualquer bloqueio internacional causa frio na espinha do agronegócio.
Agora, o Ministério da Agricultura segue na diplomacia técnica: enviando relatórios, atualizações e protocolos aos parceiros comerciais para que o “franguinho” nacional volte a ocupar o espaço que sempre teve nas gôndolas do mundo.
JP JORNAL O POPULAR comenta:
“O Brasil mostrou que quando a água bate na canela, a gente aprende a nadar — e rápido. A vigilância sanitária fez o dever de casa e, aos poucos, o mundo volta a confiar no nosso frango. Mas como diz o velho ditado: confiança é como porcelana — se quebra fácil e demora pra colar. Que sirva de lição: prevenção é o melhor tempero para evitar crises no prato e no bolso.”
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