Cristina Kirchner na mira da Justiça: Suprema Corte manda prender ex-presidente e acende fogo no caldeirão político argentino

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Por JP Jornal O Popular – Marília e Região

“Quem planta vento, colhe tempestade” — e a ventania que Cristina Kirchner semeou ao longo de seus mandatos agora vira vendaval na política argentina.

A Suprema Corte da Argentina bateu o martelo e não teve choro nem vela: rejeitou o último recurso de Cristina Kirchner e mandou prender a ex-presidente por corrupção. A decisão saiu quente, nesta terça-feira (10), e já caiu como bomba nos corredores de Buenos Aires — e nos grupos de WhatsApp dos hermanos.

Cristina foi condenada a seis anos de prisão e à inelegibilidade vitalícia, acusada de liderar um esquema que teria desviado mais de US$ 1 bilhão dos cofres públicos. Segundo o processo, ela teria favorecido seu amigo e empresário Lázaro Báez em 51 licitações fraudulentas. Ou seja, a tal “mão invisível do mercado” por lá tinha nome, sobrenome e muito traço de amizade.

A ex-presidente ainda pode solicitar prisão domiciliar, já que passou dos 70 anos, mas terá que se apresentar em até cinco dias úteis. Como dizem por aí, “quando a água bate na cintura, é sinal de que o barco tá afundando” — e Cristina sabe nadar no mar da política, mas agora está cercada de tubarões judiciais.

“Fantoches e farsas”: Cristina reage

Da sede do Partido Justicialista, onde estava cercada por seus apoiadores, Cristina não engoliu a decisão em silêncio. Soltou o verbo, atacou os juízes, chamou-os de “fantoches” e afirmou que a sentença já estava escrita antes mesmo do julgamento começar. “Não se confundam”, disse. “Eles respondem a líderes ocultos.”

A ex-presidente também mirou no atual presidente Javier Milei, acusando-o de destruir áreas essenciais como educação e economia. “A prisão não vai resolver os problemas do povo argentino. Isso aqui é meu testemunho de dignidade histórica”, bradou ela.

Mas o que Cristina vê como uma prisão política, muitos interpretam como o último ato de uma longa novela de impunidade. Afinal, como dizem nas quebradas de cá, “quem muito se explica, tem culpa no cartório”.

Ruas fervem e sonho eleitoral morre na praia

Antes mesmo da decisão, Cristina já agitava seus apoiadores e pedia mobilização. Resultado: rodovias bloqueadas, protestos nas ruas e clima de panela de pressão. Na semana passada, ela havia anunciado que concorreria a uma vaga na Câmara dos Deputados, mas o sonho bateu de frente com a realidade da inelegibilidade.

Com isso, Cristina, que já foi duas vezes presidente e uma vez vice, vê sua carreira política ser lacrada com um carimbo judicial. O mesmo nome que encantou eleitores por mais de uma década agora vira alvo de manchetes por corrupção — uma virada de roteiro digna de novela argentina.

Um símbolo do peronismo à beira da prisão

Acusada de chefiar uma organização criminosa, Cristina nega todas as acusações e insiste que o processo é movido por interesses políticos. Mas os fatos são duros como carne de pescoço: a Justiça confirmou a condenação em duas instâncias, e agora o STF argentino selou o destino.

“Mais vale um minuto de vergonha que uma vida de enganação”, diria o povo, se pudesse deixar um recado na porta do partido dela.


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🗣️ Comentário do JP Jornal O Popular:
Cristina Kirchner é, sem dúvida, uma das figuras mais polarizadoras da América Latina. Para uns, mártir política. Para outros, símbolo de um sistema corrupto que precisa ser desmontado. Seja como for, o fato é que a Justiça deu seu recado e, agora, a ex-presidente terá que encarar não apenas o tribunal das ruas, mas o da história. E como diria o ditado, “quem não deve, não teme. Mas quem deve… corre até onde a lei alcançar.”

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