“Por fora, bela viola… por dentro, pão bolorento!” O velho ditado nunca fez tanto sentido em Ourinhos (SP), onde um jovem de 21 anos foi preso na terça-feira (3), sob suspeita de armazenar conteúdo de abuso sexual infantil em seu computador e celular.
A prisão ocorreu durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito, em uma operação de combate aos crimes de abuso e exploração sexual infanto-juvenil na internet. A investigação, liderada pela Delegacia da Mulher (DDM), resultou na apreensão de materiais que agora serão analisados pela perícia.
Segundo a delegada Renata Barrionuevo Ruiz De Oliveira, o suspeito alegou que utilizava o computador para jogar em uma plataforma popular entre jovens — terreno fértil para quem age na surdina. “Casa de ferreiro, espeto de pau”: enquanto fingia se divertir com jogos, o rapaz pode ter usado o ambiente virtual para fins bem mais sombrios.
Ainda de acordo com a autoridade policial, muitos criminosos se infiltram nessas plataformas com o objetivo de aliciar e disseminar conteúdo criminoso entre crianças e adolescentes. E quando a máscara cai, “o pau que bate em Chico, bate em Francisco”.
O suspeito foi enquadrado no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069), que trata sobre a posse e armazenamento de imagens de abuso sexual. A pena prevista é de reclusão de um a quatro anos, além de multa. Agora, o caso segue sob investigação, e o material passará pelo crivo da perícia técnica.
Enquanto isso, a população se pergunta: em quem confiar quando até quem parece inocente tem esqueleto escondido no HD? Fica o alerta: “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, e a polícia segue firme no combate a esse tipo de crime.
Comentário do JP Jornal O Popular:
No mundo digital, onde tudo parece diversão e conexão, o perigo muitas vezes está a um clique de distância. Cabe a todos — pais, educadores e autoridades — redobrar a atenção. Afinal, quem não presta conta no presente, paga caro no futuro.
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