Por pouco não vira ainda mais tragédia. Na noite de ontem quarta-feira (28), o destino cruzou os caminhos de dois carros e um caminhão na vicinal Lauro Perazzoli, sentido Barra Bonita (SP), e o resultado foi de cortar o coração: uma pessoa perdeu a vida e outras quatro ficaram feridas.
Segundo a Polícia Militar, os veículos colidiram violentamente com um caminhão, em um trecho conhecido pelo fluxo constante de trabalhadores rurais. No impacto, Anderson Cabral da Silva, de 44 anos, morreu ainda no local, antes mesmo de qualquer socorro. “Foi coisa de segundo”, contou uma testemunha que passava logo atrás.
As outras quatro vítimas foram socorridas com ferimentos de variadas gravidades: uma delas foi levada para Bauru, outra para Lençóis Paulista e duas para Macatuba, onde receberam atendimento de emergência.
A perícia técnica esteve no local e iniciou os trabalhos de investigação para entender as causas do acidente. Conforme relatos colhidos pelas autoridades, todos os ocupantes dos carros trabalhavam em uma fazenda que atua com projetos de ressocialização, oferecendo uma nova chance a pessoas em situação de rua e ex-usuários de drogas. Era gente que, como diz o ditado, “tentava fazer do limão uma limonada”, buscando um recomeço digno através do trabalho.
Mas a vida, como sabemos, nem sempre avisa quando vai mudar de página. “Quando a esmola é demais, o santo desconfia. Mas quando o destino é cruel, ninguém escapa”, lamentou um morador da região.
Agora, o caso segue sob investigação. A dúvida que paira é: foi falha humana, problema mecânico ou a imprudência que sempre ronda as estradas vicinais? A resposta, infelizmente, não trará Anderson de volta, mas pode evitar outras tragédias.
Comentário JP JORNAL O POPULAR:
“É de partir o coração ver vidas sendo ceifadas nas estradas que cortam nosso interior. A esperança que brotava de um projeto de ressocialização foi interrompida por um acidente que, como tantos outros, poderia talvez ser evitado. Que a verdade venha à tona e que esse episódio sirva de alerta para motoristas, autoridades e sociedade. O asfalto pede respeito e prudência.”
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