Por JP Jornal O Popular – Marília e Região
Como diz o ditado: “Cada cabeça, uma sentença” — e essa história, por mais surreal que pareça, agora é caso de Justiça. Uma recepcionista de Salvador decidiu não levar desaforo pra casa e botou a boca no trombone: entrou com processo trabalhista contra a empresa onde trabalhava por se sentir mãe… de uma bebê reborn.
É isso mesmo que você leu. A mulher, funcionária de uma empresa de investimentos imobiliários, pediu licença-maternidade e salário-família, alegando ser mãe afetiva de uma boneca hiper-realista — aquelas criadas com tanto capricho que mais parecem bebês de verdade. A resposta da empresa? Um redondo “não” e, segundo ela, uma enxurrada de piadas, humilhações e falta de respeito.
“Só porque não pari, não quer dizer que não amo”, teria dito a funcionária, conforme relato de sua petição inicial. Para ela, a relação com sua filha reborn vai além do plástico e da tinta: trata-se de um laço de afeto genuíno. E como “em briga de coração ninguém mete a colher”, a moça recorreu à Justiça para que seu sentimento não fosse tratado como piada.
Além da negativa de direitos trabalhistas, a mulher relata ter sido alvo de zombarias no ambiente de trabalho. Colegas e superiores, segundo a ação, não perderam a chance de tirar sarro — e a situação virou um verdadeiro calvário emocional. “Pau que bate em Chico bate em Francisco”, e agora a empresa poderá sentir o peso da lei.
A recepcionista pediu rescisão indireta do contrato de trabalho — aquela que ocorre quando a culpa é do patrão — com base no artigo 483 da CLT, além de uma indenização por danos morais no valor de R$ 10 mil. O processo tramita na 16ª Vara do Trabalho de Salvador e tem audiência marcada para o dia 28 de julho de 2025. Até o momento, a Justiça ainda não se manifestou sobre os pedidos de urgência, e a empresa será chamada a se explicar.
A defesa da funcionária alega que a maternidade deve ser compreendida de forma mais ampla, sob o olhar da dignidade humana e do livre desenvolvimento da personalidade. Para ela, o amor não precisa vir com certidão de nascimento. Se “quem ama cuida”, então por que não reconhecer esse cuidado como legítimo?
Comentário do JP Jornal O Popular:
Tempos modernos ou exageros do afeto? O fato é que a Justiça terá que decidir se vínculo emocional com uma boneca reborn pode gerar efeitos trabalhistas. Num mundo onde “tá tudo virado no giraia”, essa história prova que, no Brasil, a realidade é, muitas vezes, mais curiosa do que a ficção. E você, o que acha disso tudo?
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