“Quando a esmola é demais, o santo desconfia” — e foi exatamente essa pulga atrás da orelha que mobilizou uma família inteira em busca de respostas.
A angústia que começou no último sábado (24) terminou em tragédia na terça-feira (27), com a confirmação da morte de Marcus Vinicius Custódio Vasconcelos, de apenas 26 anos, morador de Piraju (SP). O jovem, que havia desaparecido após ser visto entrando em um carro misterioso na frente de uma balada em Ourinhos, foi encontrado sem vida em um terreno baldio no bairro Santos Dumont — irônico e triste, já que foi no mesmo bairro onde ele foi visto pela última vez.
Segundo a Polícia Civil, o corpo estava em avançado estado de decomposição, dificultando a identificação de sinais de violência. No entanto, o que chamou a atenção das autoridades foi o cenário ao redor: próximo ao corpo, havia uma porção de maconha, um inalador de asma e o celular da vítima. A moto de Marcus também foi localizada estacionada em frente ao terreno, como se alguém quisesse deixá-la ali “de propósito”.
A tia da vítima relatou em boletim registrado em Piraju que Marcus morava sozinho e trabalhava como entregador. No sábado, ele teria saído para se divertir, mas não voltou mais. Uma testemunha afirmou tê-lo visto entrando em um carro não identificado, o que levantou a suspeita de um possível sequestro ou aliciamento.
Desde domingo (25), a família tentava contato com o jovem, mas todas as ligações iam direto para a caixa postal. O que começou como preocupação virou desespero, e infelizmente, o desfecho foi o pior possível.
“Quem procura acha… mas às vezes, encontra o que não queria.”
Diz o povo, e com razão. Marcus foi encontrado, mas não da forma que a família e amigos esperavam.
A polícia agora investiga o caso como morte suspeita, e a perícia ainda vai determinar a causa exata do óbito. Por enquanto, o mistério permanece: o que aconteceu entre a saída da balada e o silêncio eterno de Marcus?
JP JORNAL O POPULAR comenta:
“Mais uma família sofre com o descaso da violência e o véu da impunidade. Que a verdade venha à tona e que Marcus Vinicius não seja apenas mais um número nas estatísticas da dor.”
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