“Quando a alma grita, o silêncio pode ser fatal.”
Na manhã desta terça-feira (27), Marília amanheceu com mais uma notícia triste que corta o coração e deixa a cidade em estado de alerta. Um homem, trabalhador de uma empresa metalúrgica no Distrito Industrial, tirou a própria vida no quintal de casa, no Distrito de Padre Nóbrega. O caso, infelizmente, marca o terceiro suicídio registrado no município só neste mês de maio.
A tragédia acende um sinal vermelho para a saúde mental da população. Afinal, como diz o ditado, “é melhor prevenir do que remediar”, e quando o assunto é vida, toda atenção é pouca.
O homem, cuja identidade não foi divulgada, era conhecido por sua rotina de trabalho e pela vida simples, como tantos outros marilienses que acordam cedo para batalhar o pão de cada dia. O gesto extremo revela uma dor invisível, um peso silencioso que muitos carregam sem demonstrar.
Luz no fim do túnel: onde buscar ajuda
Diante do aumento preocupante de casos, é preciso lembrar que Marília conta com serviços e grupos de apoio psicológico, abertos a acolher quem precisa de uma palavra amiga, um ombro ou apenas alguém disposto a ouvir sem julgamentos.
O Grupo de Prevenção ao Suicídio de Marília atua com 40 profissionais voluntários – a maioria psicólogos – e oferece palestras, rodas de conversa e atendimentos sociais. O contato pode ser feito pelo número (14) 9 8173-8246.
Outra linha de apoio essencial é o CVV (Centro de Valorização da Vida), que funciona 24 horas por dia com voluntários preparados para conversar com quem enfrenta momentos difíceis. O número é o 188, e há também atendimento pelo site oficial do serviço.
Além disso, os serviços públicos de saúde mental estão de portas abertas:
- Caps Com-Viver – (14) 3451-4028
- Caps-i (Infantil) Catavento – (14) 3451-1660
- Caps AD (Álcool e outras drogas) – (14) 3433-8606
JP JORNAL O POPULAR comenta:
“Quando um filho da cidade se vai desse jeito, a tristeza não fica só na casa dele, ela se espalha pelas ruas, pelos olhos do vizinho, pelo silêncio da fábrica. Precisamos falar, escutar, acolher. A vida é dura, sim. Mas viver é ato de coragem. E coragem também é pedir ajuda.”
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