“Quem não luta pelos seus direitos, vive de migalhas”, já dizia o povo. E foi com a força da coletividade que Marília deu mais um passo rumo a uma sociedade mais justa, diversa e igualitária.
Na última sexta-feira (23), a cidade foi palco da 2ª Conferência Intermunicipal de Promoção da Igualdade Racial, evento que reuniu representantes dos municípios de Marília, Tupã e Bastos, além de lideranças negras, indígenas, religiosas e ativistas sociais. O encontro, realizado com apoio da Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, teve como tema “Igualdade e Democracia: Reparação e Justiça Racial”, e discutiu caminhos para o fortalecimento das políticas públicas de combate ao racismo.
A conferência, convocada por decreto do prefeito Vinícius Camarinha (PSDB), não foi apenas um compromisso no papel – foi um verdadeiro exercício de cidadania ativa, com escuta da sociedade civil e debates calorosos e propositivos. “Quando o povo fala, o poder escuta — e transforma!”
A secretária de Assistência Social e Cidadania, Hélide Maria Parrera, destacou que o evento “foi um momento importante para reafirmar compromissos, ouvir a sociedade e construir, de forma coletiva, um futuro com mais dignidade e justiça social para todos”.
Vozes que ecoam saber e resistência
A programação contou com duas falas de peso. A Palestra Magna foi ministrada por Vanessa Lima, gestora escolar, psicopedagoga e destaque no Projeto Ubuntu como liderança negra no setor público. Em seguida, Luciana Santos, mestranda em Sociologia e especialista em Arte e Educação, trouxe reflexões profundas sobre o papel da educação na promoção da igualdade.
Os participantes se dividiram em grupos para discutir três eixos fundamentais:
🔹 Democracia – Fortalecer a participação da população negra nos espaços de decisão;
🔹 Justiça Racial – Garantir direitos, combater desigualdades;
🔹 Reparação – Promover ações concretas de inclusão e valorização da cultura afro-brasileira.
No final, foram escolhidos os delegados que levarão as propostas para a conferência estadual – porque “quem não é visto, não é lembrado, e quem não participa, não transforma”.
A presidente do Conselho da Igualdade Racial de Marília, Eliza Aparecida Santos, resumiu bem o sentimento do evento:
“Esta conferência representa um espaço essencial de diálogo, reflexão e proposição de políticas públicas que fortaleçam a luta contra o racismo estrutural e promovam equidade racial. Que as sementes plantadas aqui floresçam em políticas reais.”
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JP JORNAL O POPULAR comenta:
“Marília mostra mais uma vez que não basta ‘fazer de conta’ com as causas sociais. Com apoio firme do prefeito Vinícius Camarinha e da Secretaria de Assistência Social, a cidade reafirma que igualdade não é favor, é direito. E aqui, a luta tem voz, palco e futuro.”