“Quem vê cara, não vê coração.” O velho ditado nunca fez tanto sentido como no caso que chocou Assis e toda a região. O homem que se dizia amigo da família e vizinho prestativo — sempre pronto a ajudar no conserto das bicicletas das crianças — agora senta no banco dos réus como principal acusado de um dos crimes mais bárbaros da história recente do interior paulista.
Luis Fernando Silla de Almeida, 46 anos, vai a júri popular pelo assassinato brutal do menino Mateus Bernardo Valim de Oliveira, de apenas 10 anos. O crime aconteceu em dezembro de 2024, e até hoje ecoa como um grito de revolta na alma da comunidade.
Mateus saiu de casa no dia 11 de dezembro com sua bicicleta, na Vila Glória, em Assis, e jamais retornou. No dia 17, seu corpo foi encontrado esquartejado. O autor? Segundo as investigações da Polícia Civil, o próprio vizinho.
O “PIQUENIQUE” DA TRAGÉDIA
De acordo com o inquérito policial, Luis atraiu o menino com a desculpa de um inocente piquenique. Mas, como diz o povo, “onde passa boi, passa boiada”. Foi nesse encontro que a monstruosidade veio à tona. Tentou abusar sexualmente do garoto e, ao ser rechaçado, partiu para a violência.
“Um arremessou pedra no outro, até que ele acertou o Mateus”, relatou o delegado Tiago Bergamo em coletiva. Mateus morreu ali mesmo, segundo o acusado. Depois, numa tentativa grotesca de ocultar o crime, esquartejou o corpo da criança.
CRIME QUE NÃO SE APAGA
Apesar das perícias não apontarem prova física de estupro, a conclusão é clara: o ataque foi motivado por uma tentativa de violência sexual. As acusações contra Luis incluem homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e sem chance de defesa), ocultação de cadáver, estupro de vulnerável e até fornecimento de bebida alcoólica a menor.
Como diz a sabedoria popular, “quem não deve, não teme”. Mas Luis caiu em contradições em seus primeiros depoimentos, e logo a máscara caiu. Foi preso no mesmo dia em que encontraram o corpo do menino.
O MONSTRO QUE SE ESCONDIA NO BAIRRO
Luis era figura conhecida no bairro. Consertava bicicletas, fazia amizade com as crianças. Mas, segundo o delegado, esse comportamento era um “Cavalo de Troia”. Usava da confiança para se infiltrar nas famílias, com intenções obscuras.
Durante os interrogatórios, afirmou que ouvia vozes e sentia inveja das crianças. Na casa dele, após a prisão, a polícia encontrou até animais mortos, um detalhe que levanta mais suspeitas sobre sua saúde mental e comportamento.
O JÚRI E A ESPERA POR JUSTIÇA
Agora, cabe ao júri popular decidir o destino de Luis Fernando. Preso preventivamente, ele aguarda o julgamento que promete ser tenso e carregado de emoção.
A cidade de Assis clama por justiça. O Brasil acompanha o caso com atenção e revolta. Porque, como diz o povo: “a justiça tarda, mas não falha.” E o pequeno Mateus — símbolo de inocência e alegria — não pode ter seu sofrimento esquecido.
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Comentário JP Jornal O Popular:
“Histórias como essa nos partem o coração e acendem o alerta: é preciso estar atento ao que acontece ao nosso redor. A justiça está sendo feita, mas o trauma permanece. Que a dor da família de Mateus não seja em vão. Que sirva de lição e de clamor por mais segurança, prevenção e vigilância nos lares e comunidades.”
Por Redação JP – Jornal O Popular
Informação com responsabilidade e coragem.