A novela política ganha mais um capítulo polêmico e cercado de tensão. O ex-presidente Jair Bolsonaro entregou nesta segunda-feira (28) ao Supremo Tribunal Federal (STF) sua defesa no processo que investiga uma possível tentativa de golpe de Estado. O documento foi protocolado cinco dias após sua controversa intimação — feita enquanto ele ainda estava internado na UTI de um hospital particular em Brasília.
Na defesa, Bolsonaro indicou 15 testemunhas, a maioria formada por aliados de peso de seu governo e do atual cenário político nacional. Entre os nomes estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o ex-ministro da Saúde e hoje deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), além dos senadores Rogério Marinho (PL-RN), Ciro Nogueira (PP-PI) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
A lista também inclui militares e nomes ligados à área técnica do sistema eleitoral, como Giuseppe Janino, ex-diretor do TSE responsável pelas urnas eletrônicas, e o general Gomes Freire, além do brigadeiro Batista Júnior.
A defesa de Bolsonaro criticou com veemência a forma como a intimação foi realizada, alegando que houve desrespeito às condições de saúde do ex-presidente e descumprimento do Código de Processo Civil. “Não se bate à porta de UTI com oficial de Justiça”, afirmou um dos advogados, em tom de indignação.
O STF, por sua vez, respondeu que Bolsonaro não foi intimado junto com os demais investigados porque havia sido internado no dia 12 de abril. Porém, ao vê-lo realizando uma live na UTI no dia 22, concluiu que o estado clínico permitia o prosseguimento do processo. No dia seguinte, uma oficial de Justiça esteve no hospital e efetuou a entrega da intimação.
Agora, com a defesa em mãos, o Supremo deverá analisar os argumentos e avaliar os próximos passos da investigação, que continua cercada de disputas jurídicas e embates políticos.
📌 Como diz o ditado: “na hora do aperto, cada um mostra a força do seu bonde”. Bolsonaro quer provar que tem respaldo — e escolheu aliados de confiança para sustentar sua versão. A Justiça, por sua vez, promete não aliviar.
🔔 Comentário JP Jornal O Popular:
O Brasil assiste mais uma vez à política sendo travada entre a legalidade e a lealdade. No centro do furacão, está um ex-presidente tentando se defender enquanto a Justiça aperta o cerco. O eleitor, como sempre, é quem paga pra ver.
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