“Fez papel de corretor, mas agiu como 171”: Polícia Civil apreende carro de luxo e arma na Operação Fictor
O que era pra ser um bom negócio virou caso de polícia! Um corretor de imóveis de 62 anos está no centro de um escândalo em Marília, investigado por vender uma propriedade rural avaliada em R$ 600 mil com documentos frios como vento de agosto.
A história de trambicagem veio à tona com a Operação Fictor, deflagrada na última quinta-feira (24) pela Polícia Civil de Marília. Segundo o delegado Wanderley Gonçalves Santos, o golpe foi tão bem articulado que até o cartório foi passado pra trás. A escritura da fazenda foi registrada com documentos forjados, enganando até os mais atentos.
“Eles conseguiram inclusive ludibriar o cartório com esses documentos falsos e registraram a escritura da propriedade”, explicou o delegado.
Golpe de mestre… mas o rastro do dinheiro entregou
A casa caiu quando os investigadores seguiram o caminho do dinheiro usado na transação e chegaram até o corretor. A Justiça, então, autorizou o bloqueio de bens até o valor do prejuízo — e não deu outra: um carro de luxo em nome da esposa do acusado foi apreendido como parte da estratégia para garantir o ressarcimento.
Durante o cumprimento de mandado de busca no bairro Parque das Esmeraldas, zona Leste de Marília, a Polícia ainda encontrou eletrônicos, documentos duvidosos e um revólver calibre 22 com munições, tudo sem registro legal.
Saiu pela porta da frente, mas a conta tá chegando
Apesar do estelionato, o corretor vai responder em liberdade. No entanto, foi indiciado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Saiu da delegacia depois de pagar R$ 2 mil de fiança, mas como diz o povo: “Quem semeia vento, colhe tempestade” — e essa ainda está só no começo.
JP JORNAL O POPULAR comenta:
“Quem vive de malandragem, um dia acerta o CPF com a lei. Esse caso é mais uma prova de que esperteza demais engana até cartório, mas não engana a polícia por muito tempo. E a justiça, como sempre, vem — mesmo que tarde, vem afiada.”
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