Por: Redação JP Jornal O Popular
A polícia bateu à porta de quem achava que o crime virtual não tinha consequência no mundo real. Um adolescente de 17 anos foi apreendido e um jovem de 18 anos preso ontem terça-feira (15) em Bauru, durante uma megaoperação nacional que mirou uma organização criminosa responsável por atos perversos praticados pela internet. Os dois são suspeitos de induzir automutilação entre adolescentes, em crimes considerados graves e covardes.
A ação, batizada de “Adolescência Segura”, foi coordenada pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e deflagrada em sete estados do país, com a atuação de mais de 100 agentes. Os mandados em Bauru foram cumpridos por equipes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Com os suspeitos, foram apreendidos celulares e computadores usados na prática dos crimes. O jovem maior de idade foi autuado por associação criminosa e induzimento à automutilação, e permanece detido na DIG, aguardando transferência para a Cadeia Pública de Avaí, onde passará por audiência de custódia.
Já o adolescente, apesar da pouca idade, é suspeito de participar ativamente das ações virtuais. Ele foi ouvido na presença da mãe e transferido para uma cela especial, onde aguardará decisão da Vara da Infância e Juventude.
Os envolvidos atuavam em plataformas criptografadas como Discord e Telegram, onde promoviam “desafios do mal” com incentivo à automutilação, ao suicídio, além de crimes como divulgação de pornografia infantil, maus-tratos a animais e até apologia ao nazismo.
A investigação começou em fevereiro de 2025, após um caso brutal no Rio de Janeiro: um morador de rua teve 70% do corpo queimado por um adolescente, o que acendeu o alerta das autoridades. Desde então, a polícia vem monitorando o grupo, que cultivava o ódio e promovia o sofrimento alheio como se fosse um jogo.
Como diz o ditado, “mentira tem perna curta, e maldade não tem descanso”. Agora, os envolvidos vão precisar encarar a Justiça de frente, sem tela ou nickname para se esconder.
Palavras do JP Jornal O Popular
“Num tempo em que a internet aproxima, mas também pode ferir, é fundamental que as autoridades ajam com firmeza. A juventude precisa de cuidado, orientação e proteção — não de armadilhas virtuais travestidas de desafio. O JP Jornal O Popular parabeniza todas as forças envolvidas nessa operação. E lembra: quem usa a rede para o mal, acaba preso na própria teia.”
— Diretor Alan Teixeira – JP Jornal O Popular
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